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13 de novembro de 2023

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Como cuidar da saúde de meninos e homens?

A campanha Novembro Azul 2025 reforça um tema urgente: a necessidade de os homens priorizarem sua saúde física e mental desde a infância. Embora seja amplamente associada ao câncer de próstata, a mobilização mundial vai muito além e destaca a prevenção de diversas doenças que atingem a população masculina, muitas delas decorrentes da falta de acompanhamento médico, hábitos prejudiciais e barreiras culturais que afastam os homens do autocuidado.

Segundo dados atualizados do Ministério da Saúde, divulgados em fevereiro de 2025, os homens seguem consultando médicos com menos frequência do que as mulheres, o que aumenta o risco de diagnósticos tardios. 

A seguir, entenda por que esse cenário se mantém, como a saúde masculina deve ser trabalhada em cada fase da vida e de que forma o Instituto Ramacrisna contribui para transformar essa realidade.

Por que os homens ainda evitam o autocuidado?

Diversas pesquisas em saúde pública apontam um padrão consistente: os homens demoram mais para buscar atendimento médico, mesmo diante de sintomas persistentes. Em 2025, um estudo conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostrou que fatores como machismo estrutural, crenças sobre força e invulnerabilidade e a ideia equivocada de que “cuidar da saúde é coisa de mulher” seguem influenciando a população masculina.

Essas pressões culturais fazem com que muitos homens ignorem exames preventivos e negligenciem tratamentos, como alimentação saudável e acompanhamento psicológico. Especialistas explicam que isso não se trata de falta de informação, mas de barreiras emocionais e sociais profundamente enraizadas.

Outro ponto que agrava esse quadro é que políticas de saúde historicamente priorizaram a saúde feminina, o que amplia a percepção de que o atendimento é mais voltado às mulheres.

Infância: onde começa a saúde do homem

A formação do cuidado masculino não começa na fase adulta, ela nasce na infância. Pesquisas em nutrição infantil mostram que os primeiros anos de vida moldam preferências alimentares, imunidade e comportamento.

Construindo de hábitos saudáveis

Entre as recomendações destacadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria estão:

  • Manter o calendário vacinal atualizado;
  • Incentivar uma alimentação saudável, com menor consumo de ultraprocessados;
  • Estimular atividades físicas desde cedo, especialmente em ambientes coletivos;
  • Ensinar práticas de higiene, autocuidado e responsabilidade com o próprio corpo.

Esses pilares ajudam a reduzir riscos de obesidade, hipertensão, diabetes e problemas emocionais na vida adulta.

Adolescência: um período crítico para a saúde mental

A adolescência representa uma fase delicada para os meninos. Ainda que esse grupo esteja mais vulnerável a transtornos emocionais, as estatísticas mostram que eles são os que menos procuram ajuda. A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou em janeiro de 2025 que o suicídio continua sendo uma das principais causas de morte na faixa de 15 a 19 anos.

Entre os meninos, os números são ainda mais alarmantes, reforçando a necessidade de diálogos abertos sobre emoções, apoio psicológico e vigilância dos responsáveis. Sinais como isolamento, irritabilidade, queda no rendimento escolar e automutilação não podem ser ignorados.

Esse acompanhamento não só previne riscos imediatos como também contribui para que esses adolescentes se tornem adultos capazes de reconhecer limites, pedir ajuda e cuidar de si de forma integral.

Vida Adulta: o impacto da negligência

Ao chegar à vida adulta, muitos homens já consolidaram hábitos prejudiciais. Estudos recentes revelam que eles:

  • Consomem menos frutas, legumes e verduras;
  • Ingerem, em média, três vezes mais bebidas alcoólicas do que as mulheres;
  • Ignoram exames preventivos essenciais;
  • Buscam atendimento apenas quando os sintomas estão avançados.

Esses fatores explicam por que a expectativa de vida masculina segue cerca de 7 anos menor que a feminina. O Novembro Azul reforça que saúde não é sinônimo de ausência de doença, mas de bem-estar físico, mental e social, como define a OMS.

Como o Instituto Ramacrisna fortalece a saúde masculina desde cedo

O Instituto Ramacrisna desenvolve projetos que impactam diretamente a saúde e o bem-estar de meninos, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social.

Promoção de hábitos saudáveis na infância e adolescência

Entre as ações promovidas estão:

O Ramacrisna também trabalha habilidades socioemocionais e oferece acompanhamento que ajuda a prevenir abandono escolar, depressão, ansiedade e comportamentos de risco, elementos decisivos para uma vida adulta mais equilibrada.

Cuidar da saúde masculina é um compromisso coletivo

O Novembro Azul 2025 reforça que promover a saúde do homem não é responsabilidade apenas do indivíduo, é uma ação que começa na família, passa pela escola, envolve políticas públicas e é fortalecida por instituições sociais, como o Ramacrisna.

Incentivar consultas preventivas, eliminar estigmas relacionados ao autocuidado e apoiar iniciativas que acolhem meninos e homens é essencial para construir uma sociedade mais saudável e igualitária.

Se você deseja contribuir com esse impacto transformador, conheça mais sobre o trabalho do Instituto Ramacrisna e suas oportunidades de apoio.

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