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23 de fevereiro de 2024

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Mulheres na ciência: 5 pesquisadoras para você se inspirar

Apesar de ainda ser considerado um universo masculino, o número de mulheres na ciência cresceu significativamente. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entre 2010 e 2021, o número de alunas que concluíram cursos superiores nas áreas da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática aumentou 96%, com um salto de 37.005 para 72.791. 

Nas duas décadas, o número de mulheres que se matricularam nesses cursos também cresceu, passando de 108.522 para 242.275, um aumento de 132%. O fenômeno atinge todas as áreas do conhecimento científico, incluindo a computação. Isso é importante porque, desde a chegada dos computadores pessoais, na década de 1970, eles foram vistos como especialidade masculina. Mas não é bem assim. 

Antes mesmo de surgirem os computadores como conhecemos hoje, muitas mulheres contribuíram para as máquinas de calcular, mas também para a criação de tecnologia que usamos diariamente, como o bluetooth. Infelizmente, porém, elas foram ocultadas da nossa história, apesar de suas importantes contribuições. Por isso, hoje você conhece cinco mulheres que revolucionaram o mundo da computação. 

Mulheres na ciência: histórias para se inspirar

  1. Hedy Lamarr

Nascida como  Hedwig Eva Marie Kiesler, a austríaca Hedy Lamarr era uma estrela de Hollywood. Além dos sucessos nas telonas, ela foi uma das inventoras da internet sem fio, o Wi-Fi. Durante a Segunda Guerra Mundial ela inventou, em parceria com George Anthiel, um aparelho de interferência em rádio para despistar os radares nazistas.

  1. Ada Lovelace

Considerada a primeira pessoa programadora da história, Augusta Ada Byron King, também chamada de Condessa de Lovelace ou Ada Lovelace, foi uma matemática e escritora inglesa, que viveu no século XIX. Ela traduziu um artigo sobre o matemático Charles Babbage e sua máquina de calcular “The Analytical Engine”, fazendo suas próprias anotações, incluindo um algoritmo para ser processado por máquinas – considerado o primeiro programa de computador. 

  1. Grace Hopper

Você já ouviu falar em bugs de computador? O termo foi criado por uma mulher chamada Grace Hopper. A americana foi a primeira mulher a se formar na Universidade de Yale, com um PhD em matemática, além de ter sido a primeira almirante da Marinha dos Estados Unidos. A lenda diz que Grace teria resolvido um problema de processamento de dados ao remover uma mariposa que estava criando ninho dentro de um computador. Com isso, ela teria feito um “debug” ou remoção de um “inseto”, que passou a ser sinônimo de resolver falhas de funcionamento.

  1. Stephanie Steve

Aos 90 anos, Vera Buchthal em Dortmund é conhecida por  Stephanie Shirley e Steve Shirley. Isso porque a cientista tinha o hábito de assinar suas cartas com um nome masculino para que seu gênero não prejudicasse os negócios e contratos potenciais de sua empresa. Isso porque ela percebeu que, quando assinava como Shirley, muitas vezes não obtinha resposta. 

Sabendo da discriminação que as mulheres enfrentavam no campo de tecnologia de informação, ela decidiu que sua empresa contrataria preferencialmente mulheres. Especialmente se suas colaboradoras tivessem pessoas sob sua supervisão. Além de seu trabalho empresarial, Shirley é conhecida por seu trabalho filantrópico, focado entre outros temas, no autismo.

  1. Katie Bouman

Aos 29 anos, a americana Katie Bouman foi a primeira pessoa a conseguir uma imagem de um buraco negro, solucionando alguns dos principais mistérios da astronomia, em 2019. Ao todo, foram quatro anos de trabalho, em que Katie liderava outros 200 cientistas. Para conseguir capturar a imagem, ela desenvolveu um algoritmo chamado de CHIRP. A tecnologia foi capaz de combinar todas as imagens obtidas pelos oito telescópios ao redor do mundo (que, unidos, formam um telescópio virtual do tamanho da Terra) para a confecção do produto final. Atualmente Katie Bouman é professora assistente de ciência da computação no Instituto de Tecnologia da Califórnia, onde pesquisa métodos computacionais para geração de imagens.

Meninas em Rede

Assim como essas mulheres revolucionaram a ciência, o Instituto Ramacrisna acredita que mais meninas podem conquistar seu espaço na área, por meio do projeto Meninas em Rede. Na iniciativa, as alunas aprendem os conceitos logísticos de programação, com uso de variáveis e funções, comandos de decisão e controle, laços de repetição e banco de dados, além de desenvolver aplicativos para celular e sites funcionais de acordo com os padrões atuais do mercado, utilizando linguagens como HTML, CSS e JavaScript.

O curso conta ainda com um módulo de robótica educacional.  Utilizando o kit lego profissional, as alunas desenvolvem a criatividade e raciocínio através da montagem e programação dos robôs, utilizando técnicas e fundamentos em lógica de programação, através de linhas de códigos e comandos, que dão movimentos e vida aos robôs criados por elas.

Nas aulas, elas também são apresentadas a mulheres que revolucionaram a ciência. A instrutora do curso Dâmares Amorim explica porque esses perfis fazem parte do programa didático. “Mostramos durante as aulas várias referências de mulheres que se destacam na área da tecnologia, como forma de exemplo e inspiração, e também para quebrar preconceitos existentes, mostrando e ensinando para nossas alunas que a tecnologia também é o nosso lugar”, conta.

A própria instrutora é um exemplo de como a inspiração pode transformar seu futuro. Foi dentro do Ramacrisna que ela despertou o interesse na área de programação, motivo que a levou a  cursar Análise de Sistemas na faculdade. Hoje, Dâmares entende que é uma referência para as meninas. “Mas tivemos também outras professoras mulheres como referência, que tiveram  um papel fundamental e serviram de exemplos atuais, nascidas aqui dentro mesmo do FabLab, como a Jennifer, que era aluna do Meninas em Rede e se tornou estagiária de programação e passou a dar aulas do curso que um dia foi aluna, além da professora Rebeca que iniciou aqui no Instituto e hoje trabalha como desenhista CAD na Arcelormittal”, conta.

O investimento para que meninas e mulheres consigam protagonizar espaços científicos é de extrema importância para transformar vidas. Dessa forma, é possível expandir os horizontes e conquistar a tão sonhada equidade.  

A maior conquista do Ramacrisna é ver meninas e meninos construindo o seu futuro e transformando a realidade onde vivem. Seja um patrocinador dos projetos do Instituto que promovem a igualdade de oportunidades. Para tirar dúvidas sobre o programa Meninas em Rede ou saber mais sobre as nossas atividades, entre em contato conosco.

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