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16 de setembro de 2024

Apoio pedagógico|Crianças|ONG's

Projetos educacionais ajudam a melhorar alfabetização infantil

Novas tecnologias, aliadas a métodos de ensino fora do padrão, como a lousa digital, ajudam crianças a aprender a ler e escrever

Projetos educacionais com abordagens alternativas podem interferir positivamente no resultado do aprendizado quando falamos em alfabetização? Em 2023, o Brasil alcançou 56% de crianças alfabetizadas na rede pública até o final do 2º ano do ensino fundamental, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Apesar de ser uma melhora nos índices, voltando ao patamar pré-pandemia,  a realidade é preocupante. Isso porque quase metade das crianças não atinge o nível esperado de alfabetização na idade adequada, o que reflete um desafio urgente para o sistema educacional brasileiro.

Como meta, o Ministério da Educação (MEC) prevê que, até 2030, 80% das crianças estejam alfabetizadas na idade certa. Para isso, será necessário investir em projetos educacionais do terceiro setor para recompor as aprendizagens e fortalecer a alfabetização.

Lousa Digital e Mesa Alfabetizadora 

Frente a essa realidade, o Instituto Ramacrisna, com mais de seis décadas de projetos educacionais e sociais, desenvolve iniciativas inovadoras para melhorar o processo de alfabetização. A ideia é mesclar diversão, tecnologia e aprendizagem. Por isso, uma das ferramentas muito usadas no Instituto é a Lousa Digital, como parte do Centro de Apoio Educacional Ramacrisna (CAER).

Com uma abordagem interativa, a lousa utiliza recursos visuais e dinâmicos que facilitam a compreensão de conteúdos básicos como leitura e escrita. Essa tecnologia permite que os educadores apresentem o conteúdo de forma atrativa, promovendo maior engajamento dos alunos. Com isso, o Instituto busca melhorar os índices de alfabetização de maneira lúdica e eficaz, ajudando as crianças a se alfabetizarem de forma mais rápida e consistente.

Com a Lousa Digital, o aprendizado não só se torna mais acessível, como também atende às necessidades específicas de cada aluno. Por meio de atividades interativas, jogos educativos e ferramentas visuais, as crianças podem explorar o mundo das letras e palavras de maneira que desperte seu interesse e motivação.

Outra tecnologia utilizada como aliada na educação é a Mesa Alfabetizadora Digital. Com ela os alunos se familiarizaram com a linguagem escrita, encaixando blocos coloridos em um grande painel eletrônico. À medida que são encaixadas, as letras são reconhecidas por um software especial e aparecem na tela do computador. Dessa forma, as crianças participam de atividades interativas, aprendendo a reconhecer o alfabeto, construir palavras, encontrar significados, descobrir acentos e interpretar textos. A Mesa auxilia os alunos nas disciplinas de português e matemática, além de atividades que incluem fábulas, provérbios, cantigas de roda, trava-línguas, entre outras.

A mesa faz tanto sucesso entre os alunos e professores, atingindo excelentes resultados pedagógicos que, recentemente, a Instituição adquiriu mais uma unidade, em versão mais moderna. A nova mesa possui tela multitoque e reconhece tanto o contato humano quanto de objetos, facilitando o acesso por crianças com limitações motoras. Com ela,  as crianças brincam e interagem juntas diretamente na tela, com os dedos ou objetos de apoio, como pinceis, ponteiras ou adaptadores. 

Novidade

Recentemente, o Ramacrisna iniciou o projeto Ampliando Fronteiras 4, em parceria com a Brazil Fundation e o Partage Shopping Betim.  A iniciativa promove o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, no contraturno escolar. Os alunos participam de atividades de reforço de português e matemática, incentivo à leitura, robótica educacional e xadrez.

As aulas utilizam metodologias modernas, como a aprendizagem baseada em problemas, mesclando o ensino tradicional com recursos digitais. Além disso, os alunos do Ampliando Fronteiras também participam de atividades de incentivo à leitura, com atividades como mediação de leitura e contação de histórias na Biblioteca do Instituto.

O projeto contempla, ainda, oficinas de Robótica Educacional, na FabLab (Fabrication Laboratory) Ramacrisna. Nas aulas, as crianças desenvolvem o raciocínio lógico e aprendem conteúdos de matemática e programação.

Ao incorporar a tecnologia como aliada, o Instituto Ramacrisna está contribuindo diretamente para o desenvolvimento educacional de crianças que, de outra forma, teriam menos acesso a esses recursos.

Outras iniciativas

Além da Lousa Digital e da Mesa Alfabetizadora Digital, o Ramacrisna promove diversos projetos educativos voltadas ao letramento e à alfabetização infantil. A metodologia aplicada nas suas aulas valoriza a criatividade, o pensamento crítico e a participação ativa dos alunos no processo de aprendizado. Isso se dá por meio de atividades como oficinas de leitura, atividades práticas e projetos de incentivo à escrita, por exemplo.

O Instituto também entende a importância do apoio familiar nesse processo e trabalha para envolver as famílias nas atividades educativas. Com o incentivo à leitura em casa e a participação dos pais, o aprendizado das crianças é fortalecido de forma mais abrangente. Assim, iniciativas como empréstimo de livros para toda família, por exemplo, ajudam no desenvolvimento dos estudantes. 

Definitivamente, mudar a educação não é um processo fácil. O futuro da alfabetização infantil no Brasil depende de esforços conjuntos como os que o Ramacrisna vem implementando. Mais do que a tradicional sala de aula, os resultados são melhores quando se integra inovação, dedicação e compromisso social. Ajude a continuar esse trabalho e transformar vidas.

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