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19 de maio de 2025

Apoio pedagógico|Crianças|ONG's

Bullying e cyberbullying: o que são e por que precisamos combater

Campanha “A Corrente do Bem” estimula o diálogo e a construção de um ambiente mais seguro e respeitoso entre os alunos do CAER. 

 

Cenas de violência verbal, exclusão, apelidos pejorativos ou mensagens ofensivas são cada vez mais comuns na rotina de crianças e adolescentes. Esses comportamentos são exemplos claros de bullying e cyberbullying, práticas que causam danos profundos e duradouros na vida de quem sofre.

O bullying acontece em ambientes físicos, como escolas ou espaços públicos, e se manifesta por meio de agressões físicas, ofensas verbais e humilhações recorrentes. Já o cyberbullying se dá no universo digital, por meio de redes sociais, aplicativos e mensagens, onde o agressor muitas vezes se esconde atrás do anonimato para disseminar ódio, ameaças ou exposição indevida de imagens e vídeos.

Ambos afetam diretamente o desenvolvimento emocional, social e até acadêmico dos jovens. Isso porque as consequências vão desde a perda da autoestima até quadros de ansiedade, depressão e isolamento. Dessa forma, o combate ao bullying e cyberbullying é uma urgência que deve ser abraçada por escolas, famílias e instituições comprometidas com o bem-estar das novas gerações.

Como combater o bullying e o cyberbullying?

Ações educacionais são ótimas formas de conscientizar os jovens sobre os perigos do bullying. Com o compromisso de formar não apenas alunos preparados para o futuro, mas também cidadãos conscientes e empáticos, o Instituto Ramacrisna lançou a campanha “A Corrente do Bem – Criando Vínculos Sociais Fortes e Saudáveis”. A ação aconteceu de 13 a 16 de maio de 2025, no Centro de Apoio Educacional Ramacrisna (CAER), e teve como foco o enfrentamento ao bullying e cyberbullying de forma educativa, sensível e transformadora.

A proposta surgiu a partir de um olhar atento sobre as interações entre os próprios alunos. “Sentimos a necessidade de trazer essa conversa para o cotidiano das crianças de forma leve, mas profunda. As ações foram fundamentais para abrir esse espaço de escuta. As crianças reagiram com muita atenção e curiosidade, algumas se identificaram com situações abordadas e compartilharam suas experiências, o que já é um grande passo para a conscientização”, destacou Marcileide Rodrigues, coordenadora do CAER.

Abertura para o diálogo

A campanha começou com uma palestra ministrada pela psicóloga Elaine Cristina A. Costa, especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental e integrante do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Betim. O bate-papo com os alunos abordou os diferentes tipos de violência escolar, os impactos emocionais provocados e as estratégias para prevenir e enfrentar essas situações.

Foi um espaço onde crianças e adolescentes puderam nomear suas dores, reconhecer situações vividas e trilhar o caminho do respeito e da empatia.

Além disso, a campanha ainda contou com atividades em grupo, explorando o lúdico e o acolhimento, como a dinâmica da caixa de leite, que utiliza a metáfora de um objeto aparentemente simples para discutir como preconceitos e ofensas afetam internamente quem os sofre. Mas não é só isso: houve rodas de conversa e a dinâmica dos balões, que representa como palavras e gestos negativos podem “estourar” o bem-estar emocional de uma pessoa.

Por fim, os alunos também assistiram ao curta-metragem “Reprovados – A brincadeira continua sem graça”, que mostra, de maneira sensível, o impacto do bullying na vida de um estudante.

A assistente social Fernanda Martins, uma das desenvolvedoras do projeto , reforça o papel das instituições de ensino no combate às violências. “Quando a escola assume esse papel de educadora das emoções, ela vai muito além do conteúdo pedagógico. Ensinar a conviver, a escutar, a cuidar do outro é uma das formas mais potentes de prevenir o bullying e o cyberbullying”, apontou.

Trabalho que não pode parar

Apesar de ser uma campanha pontual, “A Corrente do Bem” é parte de um trabalho contínuo realizado no Ramacrisna. Para a psicóloga Simone Caldeira, que também atua no CAER, esse cuidado precisa estar presente durante todo o ano letivo. “Esse tipo de ação precisa ser constante para surtir efeito. As crianças precisam se sentir ouvidas e aprender a lidar com suas emoções de forma saudável. E isso só é possível quando oferecemos espaços de escuta ativa e respeito mútuo. ”, explicou.

Assim, a campanha “A Corrente do Bem” reafirma o papel do Ramacrisna como uma instituição comprometida com a formação integral de seus alunos. Ou seja, ao oferecer espaços de escuta, atividades educativas e acompanhamento emocional, o Instituto contribui para uma infância mais segura, uma adolescência mais acolhedora e uma sociedade mais empática.

Quer apoiar iniciativas que transformam a vida de crianças e adolescentes? Entre em contato e descubra como você pode colaborar com projetos que promovem educação, desenvolvimento emocional e combate à violência nas escolas.

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