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3 de novembro de 2025

Arte e Cultura|Crianças|ONG's

Por dentro do Ramacrisna: como o Eliseu Barros comanda a orquestra para crianças e adolescentes

Sob a batuta do Maestro Eliseu Barros, a Orquestra Filarmônica Ramacrisna transforma vidas por meio da música, da educação e da esperança

Violinista, maestro e compositor, Eliseu Martins de Barros é uma das figuras mais inspiradoras do Instituto Ramacrisna. Mas não é apenas pelo um currículo invejável, ele também reúne uma carreira sólida na música e uma paixão genuína pela educação. Por isso, desde 2014, ele é o regente e diretor artístico da orquestra para crianças e adolescentes do Instituto, projeto que tem transformado a vida de centenas de jovens por meio da arte e da oportunidade.

Com uma trajetória marcada por sensibilidade e propósito, o Maestro Eliseu acredita no poder da música como ferramenta de transformação social. Para ele, o trabalho vai muito além de formar músicos: é sobre fortalecer a autoestima, a autoconfiança e o sentimento de pertencimento dos alunos. 

Como foi assumir a orquestra para crianças e adolescentes 

Criada em 2005, a Orquestra Filarmônica Ramacrisna nasceu com o objetivo de oferecer a jovens em situação de vulnerabilidade a chance de descobrir a beleza da música instrumental e o valor da convivência em grupo. Hoje, cerca de 50 músicos participam das aulas de teoria e prática instrumental — com naipes de cordas, sopros e percussão — sob a orientação de professores experientes, como Alexandre Barros (sopros), Elias Barros (violino e viola), Thiago Barros (violino e viola), Lucas Barros (violoncelo e contrabaixo) e, claro, o Eliseu.

Mas o maestro foi o último a fazer parte do projeto. “Conheci o Ramacrisna por indicação de 2 irmãos meus que trabalhavam lá como professores a convite do Sebastião Barros, o regente que criou o projeto da orquestra. O Sebastião já era um pouco mais velho e ficou cansado da tarefa e preferiu passar pra outra pessoa continuar e aí meus irmãos me indicaram e então essa bela história começou em 2014”, resumiu.

Ao chegar no projeto, ele percebeu que tinha um desafio: como conseguir dialogar com os alunos e conseguir ensiná-los? No entanto, o maestro logo descobriu o segredo.

“É muito necessário trabalhar autoestima e autoconfiança pra que eles se percebam em condições de se tornarem bons músicos e por aí se darem a chance de sonhar em ser artista, algo em falta pelas questões de vulnerabilidade social, sobretudo a falta de apoio emocional, sentimental da família e do ambiente social de convivência”, explica.

“O Ramacrisna é a personificação de que o Brasil tem solução. Se cada cidade tivesse projetos sociais como este, teríamos cidadãos de bem, produtivos e conscientes do seu papel na sociedade”, afirma .

Música e transformação social para jovens

A rotina da orquestra para crianças e adolescentes vai muito além dos ensaios e apresentações. Isso porque, mais do que um projeto musical, a orquestra é um instrumento de inclusão social para jovens em situação de vulnerabilidade social.

Por isso, o maestro e sua equipe não se limitam à música. Como também transformam o trabalho em um ato de educação emocional e social. “Muitos alunos chegam com a autoestima destruída. Então, nosso trabalho é mostrar que é possível vencer na vida através da música”, diz ele.

O impacto do projeto é visível: diversos alunos seguiram carreiras na música ou em outras áreas, sempre levando consigo as lições de disciplina, dedicação e empatia aprendidas na orquestra. O espaço se tornou um refúgio para jovens que enfrentam realidades desafiadoras, proporcionando um ambiente seguro para crescer, sonhar e se expressar.

Além disso, os jovens músicos já se apresentaram em palcos importantes da Grande BH, como o CCBB, Palácio das Artes e Teatro Bradesco, por exemplo. O grupo também já dividiu o palco com grandes nomes da  música, como Saulo Laranjeira, Trio Amaranto e os tenores italianos Claudio Mattioli e Massimiliano Barbolini. Em 2024, a orquestra celebrou os 65 anos do Instituto com um espetáculo inesquecível ao lado de Seu Jorge no Cine Theatro Brasil.

Um legado que inspira o futuro

Com mais de uma década de dedicação ao projeto, Eliseu Barros segue firme na missão de formar não apenas músicos talentosos, mas também cidadãos conscientes e inspiradores. Ele mostra que a arte pode — e deve — ser um caminho de empoderamento e inclusão.

Por isso, o maestro não esconde o orgulho de ver os alunos se tornando protagonistas das próprias histórias. “Fazer parte dessa corrente do bem é uma alegria imensa. A verdadeira essência do educador é participar da transformação das pessoas”, afirma.

No Instituto Ramacrisna, cada nota tocada pela orquestra para crianças e adolescentes ecoa uma mensagem de esperança, talento e solidariedade. Patrocine a orquestra e ajude a transformar vidas. Entre em contato e saiba como ajudar.

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