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29 de dezembro de 2021

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Retrospectiva: relembre os principais momentos do Instituto Ramacrisna em 2021

2021 foi um ano especial para toda equipe do Ramacrisna. Apesar de ainda ter sido um período com restrições por conta da pandemia da Covid-19, desenvolvemos várias ações para apoiar crianças, adolescentes e as famílias da comunidade em vulnerabilidade social.

Antes que 2022 comece, a vice-presidente do Instituto, Solange Bottaro, fez um balanço das ações deste ano.

De forma geral, na avaliação de Solange, 2021 foi um ano bem mais rico do que 2020. Isso porque o Ramacrisna atuou para suprir demandas da comunidade em um momento emergencial, causado pela pandemia. 

“Tivemos doações de cestas de alimentos e de pares de tênis em um momento emergencial, que ainda não se normalizou. Mas os parceiros se sensibilizam e, através do Ramacrisna gente, levam esses benefícios para as famílias mais vulneráveis. Não é nosso foco promover alimentação, mas foi muito importante nesse momento”, aponta.

Arte e cultura no Ramacrisna

Ao contrário de 2020, que teve a restrição total das atividades, em 2021 foi possível fortalecer a parte cultural do Instituto. Esses eventos foram realizados por meio de lives em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de Betim e a Secretaria Estadual de Cultura de Minas Gerais. 

Assim, nosso Centro Cultural foi o palco das duas transmissões do Festival Ramacrisna em Casa, que foram comandadas pela influenciadora digital de Betim, Aninha Amaral.

A primeira edição contou com músicos de Betim. O Festival teve shows de diferentes ritmos, como rock e MPB. “Foi muito legal, são músicos que a gente considera e respeita. E um repertório com músicas bem diferentes, para que o público aproveitasse as diferenças de musicalidade dos grupos”, lembra. Que tal ver as apresentações de novo? Confira:

A segunda live desse projeto contou com um concerto da Orquestra Jovem Ramacrisna com participação do músico Saulo Laranjeira. Além disso, a transmissão também teve concertos da Família Barro e de Marcos Zam. “Os meninos gostaram porque foi muito diferente do que eles viam, com a música bem mineira”, aponta. A live está disponível para ver quantas vezes quiser:

Além do Festival Ramacrisna em Casa, foram realizadas uma série de lives do projeto Construindo o Futuro. Nelas, aconteciam atrações voltadas para crianças de creches e escolas públicas, como contações de histórias, sarau de poesias e construção de brinquedos educativos, por exemplo. 

Em todas as transmissões, os pequenos tinham contato e conheciam um livro. Isso porque as transmissões tinham como objetivo desenvolver e estimular a leitura. As lives do Construindo o Futuro foram realizadas com patrocínio da Petrobras.

Apresentação presencial

No final do ano, em novembro, inauguramos a Casa da Orquestra, com apresentação dos músicos e participação do Trio Amaranto. Além disso, a inauguração marcou a estreia dos coros masculino e feminino do Instituto.

A criação dos coros só foi possível com o espaço da Casa. Ao todo, são 500m² em um espaço com muito verde e contato da natureza. Isso significa que os músicos e cantores terão mais espaço para a prática e salas separadas para as aulas de cada instrumento. “Isso vai trazer mais conforto, maior aprendizado e mais qualidade. Então, eles têm um espaço próprio”, aponta.

Além da Casa da Orquestra, outras obras marcaram 2021: as reformas da Biblioteca Professor Arlindo Corrêa da Silva e do Centro de Apoio Educacional Ramacrisna (CAER).

A Biblioteca foi redecorada com recursos do edital da Lei Aldir Blanc e da Rede de Leitura Sou de Minas, Uai – apoiada pelo Itaú Social. Assim, o espaço ficou mais bonito e atrativo para os leitores com ilustrações no teto e nas pilastras. Para os desenhos, a inspiração surgiu do livro e curta metragem “Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore”.

Da mesma forma, o CAER ganhou janelas maiores, para deixar o Centro mais arejado e mais seguro para os alunos. “Como o espaço estava parado por conta da pandemia, nós aproveitamos para repensar nossas atividades, o que fazemos e o que poderíamos ampliar ou começar. Então, fizemos essa reforma, pensando tanto no bem-estar quanto no prazer das crianças de estarem em um local mais bonito”, afirma.

Formaturas e retorno presencial

Por falar em retorno presencial, dois eventos ocorreram no final do ano e são extremamente representativos para a retomada: as formaturas no curso de Robótica Industrial (que prepara os jovens para atuar na indústria da automação) e do projeto Descubra (que oferece capacitação para jovens em cumprimento de medidas socioeducativas).

Durante o ano, os alunos tiveram aulas online e, no final do ano, puderam participar de aulas presenciais e práticas. “Nós conseguimos realizar as duas formaturas. Esses eventos foram marcos importantes, porque a família pôde participar e trazer esse sentimento de compartilhamento. E também porque valorizam o esforço desses jovens, que têm dificuldade para terminar o curso e realidades complexas”, explica.

“Então, quando você reúne a equipe e celebra a conclusão da etapa é importante para o jovem se valorizar e perceber que pode crescer pessoal e profissionalmente. É extremamente simbólico para que ele possa visualizar o futuro”, finaliza. 

E ainda sobre o retorno presencial, as aulas nos cursos profissionalizantes, aprendiz e CAER voltaram entre o final de outubro e início de novembro. No caso das crianças menores, foram as últimas a chegar, por conta dos protocolos estabelecidos pelo município.

No caso dos aprendizes, a retomada tem um significado forte de convivência com os professores, os colegas e na empresa. “O presencial é rico em vários aspectos do compartilhamento e da convivência. É extremamente importante, especialmente para esse público de crianças e adolescentes, seja entre eles, seja com os professores e instrutores. É um aprendizado muito maior”, pontua.

Premiações e reconhecimento do Ramacrisna

Em 2021, o Instituto conseguiu dois reconhecimentos importantes: o Selo DOAR A+ e o Prêmio Melhores ONGs. Este foi o quinto ano consecutivo que o Ramacrisna ficou no ranking das 100 melhores instituições do Terceiro Setor do Brasil. Para Solange, o reconhecimento em uma das maiores premiações do Brasil é uma grande conquista. 

“Esse é um reconhecimento fantástico que poucas organizações conseguiram. E o selo A+, ligado à gestão e transparência, significa que crescemos mais nesses quesitos. Antes, tínhamos recebido o selo A.  Então, agora, temos um reconhecimento maior desse que é um pilar da nossa atuação”, pontua.

Desde 1994, o Ramacrisna recebeu 44 títulos que tornam o instituto mais conhecido, reforçam a imagem positiva do trabalho e ajudam a firmar novas parcerias.

Leia também: Conheça os principais prêmios do Instituto Ramacrisna

Continuidade nas doações

Apesar de o Ramacrisna ser uma instituição voltada para a educação, durante a pandemia do coronavírus, houve um esforço para atender famílias que tinham dificuldade para a alimentação.

As doações de cestas básicas e de cartões de alimentação começaram em 2020 e continuaram em 2021. Além disso, retomamos os almoços diários para os jovens da região. A refeição era oferecida diariamente para todos os alunos do Ramacrisna antes da suspensão das atividades presenciais. Mas, por conta das dificuldades das famílias, voltou a ser realizada.

“As famílias ainda estavam com dificuldades e, muitas vezes, esse almoço era a única refeição que as crianças faziam no dia. Então, poder continuar a fazer esse trabalho, ampliar a alimentação dessas crianças e conseguir parceiros para nos ajudar nessa atividade foi uma grande conquista”, relembra Solange. Ela destaca, ainda, o desejo de continuar apoiando as famílias durante toda a crise causada pela covid-19. Para isso, precisamos do seu apoio. Saiba como ajudar.

Doe gols

Em 2021, o Ramacrisna foi convidado a participar do projeto Doe gols, iniciativa da ONG Play For a Cause, do canal SportTV e da loja Centauro. Funciona assim: a cada gol marcado no Brasileirão Série A, três pares de tênis são doados. Além disso, a Play For a Cause recebe doações em dinheiro e, a cada R$52,50 arrecadados, mais um par de tênis é doado.

Essa foi a primeira vez que o Instituto Ramacrisna participou dessa iniciativa e, ao todo, recebemos 320 pares de tênis para distribuir para os alunos do CAER, com idades entre 6 e 18 anos. “É uma coisa tão banal para a gente e, para eles, é tão importante”, avalia Solange. 

Durante a doação, a história de um de nossos alunos, o Davi de 13 anos, ganhou destaque. Além do tênis, ele ganhou três pares de chuteiras e pôde conhecer os jogadores do Atlético Mineiro. Reveja a reportagem do Globo Esporte. 

Um projeto revolucionário

É assim que Solange descreve o projeto Meninas em Rede. A iniciativa busca promover a inclusão de crianças e adolescentes do sexo feminino em situação de vulnerabilidade social nas áreas de inovação e tecnologia. Atualmente, os homens dominam essas áreas. Enquanto isso, as mulheres enfrentam dificuldades de inclusão e socialização nesses temas.

O Meninas em Rede foi selecionado para receber doações do Criança Esperança, campanha da TV Globo em parceria com a Unicef. A arrecadação de recursos ocorreu em 2021 e a expectativa é que o projeto saia do papel em 2022. “É um projeto que está chamando atenção, justamente porque estamos focando nas crianças do sexo feminino, que, historicamente, não têm foco na tecnologia. Nossa intenção é mudar isso e fazer uma revolução mesmo”, afirma. 

Para aumentar a participação das mulheres nesse campo, o ‘Meninas em Rede’ busca potencializar o ensino das chamadas STEM (sigla em inglês para se referir às áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática), em parceria com as instituições de ensino. A expectativa é atender 278 crianças, jovens e adultas de 6 a 29 anos.

Inauguração das usinas fotovoltaicas

Em conformidade com o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7 – Energia limpa e acessível, o Instituto Ramacrisna inaugurou duas usinas fotovoltaicas: uma em Igarapé e outra na nossa sede, em Betim. Esse trabalho só foi possível graças à parceria com a BrazilFoundation e o Rotary Club de Belo Horizonte Liberdade.

Além da utilização de energia limpa e renovável, as usinas são importantes também porque permitem que, com o dinheiro que seria destinado para as contas de luz, os projetos possam receber investimentos. No caso do Instituto Ramacrisna, esse valor corresponde a uma economia de R$60 mil por ano, que corresponde ao atendimento de 400 crianças e jovens, ou 6.600 refeições.  

“Esse é um projeto importante porque nos permite ter um recurso continuado, que seria destinado à companhia de energia elétrica. Então, nós já utilizamos a energia limpa e gostaríamos que outras organizações pudessem também”, aponta Solange. Em Igarapé, a Associação Educativa e Cultural de Igarapé (Acessig) já foi beneficiada. 

Balanço e planos para 2022

Apesar de já haver uma melhora nos casos de covid-19, esse ainda é um momento de atenção e cuidado em relação a pandemia. Por isso, ainda não tivemos a liberação total das atividades. 

Mesmo assim, foi um ano em que conseguimos realizar mais ações do que em 2020, tanto do ponto de vista de doações, cultura, profissionalização e educação de crianças. Tudo isso com o reconhecimento de premiações. “Estamos muito felizes de poder olhar para o que foi feito, como os nossos parceiros nos ajudaram. 2021 foi um ano muito abençoado para nós”, agradece Solange.

Para 2022, o desejo é conseguir retomar os atendimentos de antes da pandemia, mesmo que ainda respeitando protocolos como o uso de máscaras, higienização das mãos e espaçamento entre as pessoas. Além disso, planejamos implantar novos projetos e continuar transformando vidas. 

Mas isso só será possível se pudermos contar com a ajuda de nossos parceiros. E você pode ser um deles. Faça a sua colaboração.  

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