Em comemoração ao Dia das Mães, a vice-presidente da Ramacrisna, fala com orgulho como é ser mãe de 312 crianças
O “ser mãe” vai além da ligação biológica. Amor, afeto e cuidado não precisam de uma relação parental para serem espalhados. Assim é com Solange Bottaro, vice-presidente da Instituição Ramacrisna, que acolhe e oferece carinho, no seu dia a dia, para os seus 312 “filhos”, entre crianças e adolescentes, do Centro de Apoio Educacional Ramacrisna – CAER. Solange não tem filhos biológicos, mas é mãe de coração de toda essa turma.
“Estou na Ramacrisna há 40 anos, e durante todos esses anos crio laços afetivos, que me proporcionam relações de amor, confiança, companheirismo e respeito e ao mesmo tempo um sentimento claro que tenho que preparar esses “filhos” para a vida, descartar qualquer apego no sentido de posse e que devo esperar qualquer retorno deles. É uma ação totalmente altruísta, que tem significados profundos, espirituais e que ultrapassam noções de tempo e espaço”. É uma vivencia de coração a coração, ressalta.
As ações maternas ultrapassam aquela ideia de uma mulher no lar cuidando dos filhos, do marido e da casa. Além dessas tarefas, as mulheres ainda são responsáveis pela renda das suas casas, seja como única provedora ou compartilhando as despesas com outros familiares. Esse é o caso de Marilda Carlos de Souza, 60 anos, que conseguiu criar e ajudar a pagar os estudos dos seus 03 filhos com o trabalho que realiza na Cooperativa de Artesanato Futurarte, criada pela Ramacrisna. O filho mais novo de Marilda é engenheiro e a filha do meio, também é artesã da Cooperativa. A moradora de Betim, que é artesã da Futurarte há 11 anos, se sente feliz e realizada, ao levantar de manhã e saber que tem um trabalho. “O meu trabalho na Futurarte é uma terapia, é o meu sustento e o meu refúgio”, fala com orgulho.
