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19 de janeiro de 2021

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Agenda 2030! Veja o que o Brasil ainda precisa fazer para alcançar os objetivos

Faltam menos de dez anos para o prazo final de cumprimento da Agenda 2030. O plano global de metas, que pretende tornar o planeta Terra um lugar melhor para todos, foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015.

O documento, assinado por líderes mundiais, é composto por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas para ajudar a erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade até o ano de 2030.

 

São metas ambiciosas e interconectadas, que abordam desafios comuns enfrentados pelos 193 países-membros da ONU.


O que será que foi feito nos últimos 5 anos pelo Brasil? Você vai ver como o nosso país tem agido para cumprir a sua parte no acordo e o que ainda falta para alcançarmos esses objetivos.

Panorama Brasileiro

Apesar de várias organizações, empresas e instituições brasileiras terem aderido ao desafio, tentando cumprir os itens que dizem respeito às suas realidades, ainda falta um longo caminho a ser percorrido.

A quarta edição do relatório produzido pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 (GTSC A2030), divulgado no fim do ano passado, apontou retrocessos em todas as áreas na implementação dos ODS.

De acordo com o estudo, que é a única publicação brasileira que mostra, com dados e evidências como está a implementação da Agenda 2030 no país, os indicadores são preocupantes e indicam um caminho contrário ao cenário ideal daqui 10 anos.

Análise das metas

Para apresentar como está a implementação de cada objetivo no Brasil, o estudo criou cinco categorias, sendo elas:

Ao todo, foram avaliadas 145 das 169 metas, sendo deixadas de fora as que não continham dados. A maior parte das metas dos 17 objetivos foram classificadas como ameaçadas, em retrocesso ou insuficientes. Confira aqui.

Desafios para cumprir a Agenda 2030

Os maiores desafios para cumprir a Agenda, indicados pelo relatório foram: 

  • aumento da pobreza: O teto dos gastos públicos, que limita por 20 anos as despesas do governo em áreas como saúde e educação, é um dos maiores desafios para a contenção da crise.
  • investimentos insuficientes na área ambiental: a falta de investimentos no setor, assim como o redirecionamento e corte no orçamento do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e diminuição da fiscalização, traz consequências negativas e compromete toda a ODS 9. O documento também aponta um aumento de 220% na liberação de agrotóxicos, mostrando que o país está longe de diminuir a emissão de gases poluentes.
  • desigualdades: a queda dos investimentos públicos em todas as áreas sociais: saúde, educação, assistência social, cultura, ciência e tecnologia apontam um crescimento das desigualdades sociais e um crescimento da violência contra mulheres, povos indígenas, pessoas negras e quilombolas, LGBTIs, trabalhadores da imprensa e defensores de direitos humanos.

ODS e Covid-19

Os dados captados pela pesquisa apontam que muitas metas já estavam comprometidas antes mesmo da pandemia do coronavírus. 

Entretanto, a pandemia evidenciou a importância das organizações da sociedade civil na atenção à população e ajudou a intensificar problemas sociais, impactando na saúde mental (ODS 3), falta de saneamento básico (ODS 6) e energia elétrica (ODS 7), aumento do desemprego (ODS 8), diminuição do consumo durante o período de isolamento (ODS 12) e o deficit habitacional (ODS 11), que impossibilitou o isolamento nas periferias e favelas das cidades, deixando ainda mais vulneráveis as pessoas em situação de rua.

Essa nova realidade impõe ao Brasil a adoção de medidas radicais para vencer a crise, diminuir os impactos e melhorar a situação do país no cumprimento das metas da Agenda. 

Medidas para o futuro

Diante dos graves retrocessos e metas estagnadas e ameaçadas, o relatório enumerou 156 recomendações para que o Brasil possa mudar esse cenário. São soluções e caminhos possíveis para superar os desafios atuais.

Entre os destaques estão:

  • Revogação da Emenda Constitucional 95 e recuperação orçamentária dos diversos serviços públicos, como condição para viabilizar projetos e programas que atendam aos fundamentos constitucionais do estado democrático de direito;
  • Reinstituição da política de promoção da igualdade racial e superação do racismo;
  • Incorporação do direito ao saneamento básico no artigo 6º da Constituição Federal;
  • Revisão da reforma trabalhista; revisão da reforma previdenciária; construção de um sistema tributário progressivo, por meio da implementação de reforma tributária justa e solidária;
  • Ampliação do orçamento do Ministério do Meio Ambiente e reativação do Fundo Amazônia; aumento substancial do investimento em ciência, tecnologia e inovação voltadas ao desenvolvimento sustentável;
  • Revisão da posição do Brasil nas negociações, em especial no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) e das Conferências das Partes (COPs), voltando a fortalecer a cooperação internacional e resgatando a posição de liderança construída ao longo de décadas pela diplomacia brasileira; entre outras.
  • Implementação de uma Renda Básica Cidadã que reduza as desigualdades, preserve e fortaleça o sistema de proteção social.

O que a sociedade pode fazer para contribuir

Diante de tantos desafios, não é possível esperar apenas medidas governamentais. É fundamental que, individualmente, cada um contribua para baixar índices, melhorar o entorno e adotar medidas que ajudem a alcançar os objetivos globais.

Seja na preservação do meio ambiente ou na construção de relações mais justas dentro de empresas, ou ainda em ações voluntárias que colaborem com pessoas em vulnerabilidade, todos podem fazer parte desse movimento.

As instituições sociais têm um papel crucial nesse processo já que investem diretamente em várias dessas causas que compõem os objetivos.

Como o Instituto Ramacrisna contribui para as ODS

O Instituto Ramacrisna está presente em 13 cidades de Minas Gerais, oferecendo ações que promovem desenvolvimento sustentável em BH e região metropolitana.

Ao longo de seis décadas de história, mais de 1,8 milhões de vidas já foram transformadas e mais de sete mil alunos foram capacitados em cursos profissionalizantes.

Todo o trabalho desempenhado pela organização contribui para nove metas estipuladas pela ONU: a erradicação da pobreza; saúde e bem-estar; educação de qualidade; igualdade de gênero; trabalho decente e crescimento econômico; indústria, inovação e infraestrutura; redução das desigualdades; consumo e produção responsáveis; paz; justiça e instituições eficazes.

Leia mais >>> Instituto Ramacrisna investe em desenvolvimento sustentável em BH e região

As ODS são uma ferramenta importante para a criação e fortalecimento de uma cultura de sustentabilidade e responsabilidade na humanidade, nos governos e nas empresas.

Elas ajudam o mundo corporativo a desenvolver e investir em negócios mais responsáveis e sustentáveis, com práticas menos agressivas, contribuindo para o bem-estar geral, saúde e qualidade de vida no planeta. 

Se você ou sua empresa desejam contribuir para mudar o cenário atual, fale com o Ramacrisna e saiba como ajudar e fazer a diferença! 

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