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24 de abril de 2024

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Biblioteca do Ramacrisna completa 50 anos

Quase metade dos brasileiros não possuem o hábito de ler, segundo a pesquisa “Retratos da leitura no Brasil”. Entre aqueles que lêem, o número de livros ainda está abaixo da média. Segundo o estudo, são apenas quatro por ano, enquanto os canadenses, que lideram o ranking, leem 12. Com o intuito de mudar essa realidade, o Instituto Ramacrisna desenvolve diversos projetos na Biblioteca Professor Arlindo Corrêa da Silva. A ideia é incentivar pessoas de todas as idades a adquirir o hábito da leitura.

As Bibliotecas são fundamentais para atrair novos leitores, já que, segundo o “Panorama do Consumo de Livros”, os principais motivos para o baixo consumo de livros no país são o preço alto e o déficit de livrarias. Portanto, ter um acervo gratuito para empréstimo, como na biblioteca do Ramacrisna, é um grande incentivo para que cada vez mais pessoas embarquem no mundo da leitura.

A seguir, saiba mais sobre esse projeto.

História da Biblioteca

A iniciativa de criação da Biblioteca do Ramacrisna foi da vice-presidente do Instituto, Solange Bottaro. Ela sabia da importância da leitura e notou que a construção do acervo poderia funcionar para engajar mais pessoas na leitura. Quando ela comunicou a ideia ao professor Arlindo Corrêa da Silva, ele aprovou na hora. Então, o Ramacrisna começou a formar seu acervo, em 1974, por meio de livros doados pela própria Solange.

Em 2010, com o apoio do Instituto C&A, a biblioteca passou a fazer parte da Rede de Bibliotecas Públicas e Comunitárias de Betim, da Rede Estadual de Bibliotecas Comunitárias Sou de Minas Uai e da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias.Cinco anos depois, em 2015, o Ramacrisna  teve seu projeto selecionado e patrocinado por meio de edital da Fundação Biblioteca Nacional, ligada ao Ministério da Cultura e ao Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas. Em 2020, com o apoio da Fundação Dorina Nowill, começou a ser montado um espaço com acervo em braile e audiolivros para atender os leitores com deficiência.

Também em 2020, a Biblioteca passou a contar com uma atividade lúdica, a Ludoteca, utilizando Jogos de Tabuleiro modernos, para estimular diversas habilidades e competências dos leitores, além de proporcionar momentos de socialização e interação entre eles. Atualmente, o local conta com um acervo de mais de 10 mil livros de literatura infanto-juvenil e adulta e jogos de tabuleiro. A biblioteca atende alunos e funcionários do Ramacrisna, além de comunidades de 12 cidades da Grande de BH.

Em 2023, a biblioteca conquistou o Prêmio Pontos de Leitura, do Ministério da Cultura (MinC). A premiação destaca bibliotecas comunitárias que desenvolveram atividades de promoção da leitura, em contextos urbanos e rurais, e que tenham contemplado povos e comunidades representativos da diversidade cultural brasileira em 2023.

Para se ter uma ideia, só no último ano, a biblioteca realizou o empréstimo de 1.299 livros. No local, também são realizadas atividades, como contação de histórias, oficinas, conversas com autores e apresentações musicais. Com isso, crianças e adultos se encantam e passam a criar conexões com as histórias. Algo parecido acontece na iniciativa Mala de Leitura, projeto desenvolvido pela Biblioteca do Ramacrisna.

Mala de leitura

O projeto busca incentivar a leitura nas instituições que não possuem nenhum tipo de acervo, como escolas públicas, creches comunitárias e Unidades Básicas de Saúde, por exemplo. Parte da equipe do Ramacrisna leva uma mala com cerca de 40 livros, que se transforma em uma “estante expositora” quando é aberta, para locais que não contam com um espaço adequado para a exposição dos livros. 

A Mala de Leitura já ganhou diversos prêmios: em 2013, foi eleita como o Melhor Projeto de Incentivo à Leitura do Brasil pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Depois, em 2018, foi escolhida como uma das 12 iniciativas vencedoras do concurso Leitura do Bem, da TV Alterosa e do jornal Estado de Minas, em parceria com a Livraria Leitura.

No ano de 2023, o projeto distribuiu quatro kits recheados de livros diversos. Com isso,  6.265 pessoas em Betim e cidades vizinhas foram beneficiadas.

Sobre o Ramacrisna

Há 65 anos, o Instituto Ramacrisna transforma a vida de crianças, jovens e famílias por meio da profissionalização, aprendizagem e promoção de oficinas. Além de complementar a educação escolar, essas atividades apresentam o mundo da tecnologia, esportes e cultura a esse público, sempre despertando a percepção do potencial presente em cada um e seu valor perante a sociedade. Um trabalho que já impactou a vida de quase dois milhões de pessoas de 12 cidades da Grande BH.

Conheça nosso trabalho e contribua para a transformação de vidas.

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