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17 de junho de 2025

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Como acabar com a insegurança alimentar?

Em 2023, 27,6% dos lares brasileiros (cerca de 21,6 milhões de domicílios) viviam alguma forma de insegurança alimentar: 18,2% enfrentavam insegurança leve, 5,3% moderada e 4,1% severa. 

Isso representa uma queda expressiva na fome severa, de 8% em 2022 para apenas 1,2% da população em 2023, redução de 85%, o que significa que aproximadamente 14,7 milhões de pessoas deixaram de passar fome.

Segundo o relatório da FAO (SOFI 2024), a média da desnutrição no Brasil no triênio 2022–2024 ficou em 3,9%. Para sair definitivamente do mapa da fome da ONU, é necessário atingir menos de 2,5%.

Quais são os níveis de insegurança alimentar?

A insegurança alimentar é classificada em três níveis, conforme a gravidade da restrição alimentar vivida:

Insegurança alimentar leve: quando há preocupação constante com a possibilidade de faltar comida no futuro. Nesse nível, as pessoas ainda têm acesso a alimentos, mas já percebem uma queda na qualidade da alimentação.

Insegurança alimentar moderada: quando há necessidade de reduzir a quantidade ou a variedade dos alimentos por falta de recursos. As famílias deixam de consumir itens básicos e saudáveis com regularidade.

Insegurança alimentar grave: quando ocorre a fome de fato. Famílias passam um ou mais dias inteiros sem comer, comprometendo seriamente a saúde e a qualidade de vida.

Segundo dados da Rede PENSSAN, em 2022, 21,1 milhões de brasileiros viviam em situação de fome, o equivalente a 10% da população em insegurança alimentar grave.

O que é segurança alimentar?

A segurança alimentar vai além da simples presença de alimentos. Ela se baseia em três pilares essenciais:

Disponibilidade: alimentos em quantidade suficiente para todos.

Acesso: condições econômicas e físicas para que a população possa obter esses alimentos.

Consumo adequado: qualidade nutricional e diversidade alimentar que garantam uma vida saudável.

Portanto, não basta apenas comer: é preciso comer bem, com regularidade e de forma sustentável.

Como garantir a segurança alimentar?

Garantir a segurança alimentar passa por uma série de ações conjuntas entre governos, empresas e a sociedade civil. Algumas das principais estratégias incluem:

1. Produção sustentável de alimentos

Promover uma agricultura que respeite o meio ambiente, seja economicamente viável e socialmente justa é o primeiro passo. Iniciativas como o uso consciente de defensivos agrícolas, tecnologias de irrigação eficiente e a valorização da agricultura familiar são fundamentais.

2. Acesso a alimentos saudáveis

A população precisa ter acesso a alimentos frescos, variados e nutritivos. Isso envolve políticas públicas de abastecimento, incentivo a hortas comunitárias, apoio a mercados locais e combate ao desperdício de alimentos.

3. Educação alimentar e nutricional

Campanhas educativas sobre alimentação saudável ajudam a mudar hábitos, especialmente entre crianças e adolescentes. Escolas, empresas e instituições podem promover programas voltados à reeducação alimentar.

4. Programas de assistência social

Distribuição de cestas básicas, fornecimento de refeições e transferência de renda são essenciais para famílias em situação de vulnerabilidade.

Instituto Ramacrisna

Um bom exemplo de ação prática é o trabalho do Instituto Ramacrisna, que atua em Betim, Minas Gerais. Em 2024, a instituição ofereceu mais de 88 mil refeições e 64 mil lanches para crianças e jovens. Parte destes alimentos vem do programa Mesa Brasil do SESC, que ajuda a complementar as refeições oferecidas e também distribui kits para as famílias atendidas.

Além disso, o Instituto distribuiu, com apoio da Prefeitura de Betim, quase 5 milhões de refeições nos Restaurantes Populares e rede de saúde da cidade. Por meio do Banco de Alimentos, também em parceria com a prefeitura da cidade, mais de 100 toneladas de alimentos foram distribuídos. 

Segurança alimentar é responsabilidade de todos

As empresas, assim como indivíduos e governos, têm um papel fundamental na construção de um país mais justo e saudável. 

Seja por meio de doações, parcerias com instituições sérias ou projetos internos de responsabilidade social, é possível contribuir diretamente para reduzir a fome no Brasil.

A sua empresa pode transformar realidades. Faça parte dessa causa. Apoie projetos, incentive ações e leve alimentos a quem mais precisa.

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