Você sabia que, bem perto de você, existe alguém que não tem o que comer? De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, mais da metade (58,7%) da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau – leve, moderado ou grave. Os dados são referentes a 2022.
Já o relatório global Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo mostra que a subalimentação crônica, que é o nível mais grave da falta de segurança alimentar, atinge 10,1 milhões de brasileiros, ou 4,7% da população. A pesquisa leva em conta os anos de 2020 a 2022.
Nos quadros de insegurança severa e moderada, o estudo mostra que mais de 70 milhões de pessoas enfrentam essa situação no país – o que corresponde a quase um terço dos brasileiros. A insegurança alimentar severa é aquela em que, em algum momento do ano, as pessoas ficam sem comida e passam fome, o que chega a acontecer, em casos mais extremos, por um dia inteiro ou mais. Já a fome propriamente dita é uma situação duradoura, que causa sensação desconfortável ou dolorosa pela energia insuficiente da alimentação.
Enquanto isso, a insegurança alimentar moderada é aquela em que as pessoas enfrentam incertezas sobre sua capacidade de obter alimentos e são forçadas a reduzir, em alguns momentos do ano, a qualidade e a quantidade de alimentos que consomem, devido à falta de dinheiro ou outros recursos.
Além disso, a insegurança alimentar leve se refere a uma queda na qualidade dos alimentos consumidos, com preocupação com o acesso a alimentos no futuro.
Esse é um problema real e preocupante. Afinal, não basta ter a comida, os alimentos precisam ser de qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente.
Como garantir a segurança alimentar
Quando se fala em ações para promover a segurança alimentar, é possível ter ações desde a produção dos alimentos. A produção sustentável, levando em consideração aspectos ambientais, sociais e econômicos, ajuda a assegurar a continuidade da oferta dos itens.
Além disso, tornam alimentos mais saudáveis, como frutas e verduras, mais acessíveis para a maioria da população. Isso contribui para a prevenção de doenças e até melhora na performance na escola ou no trabalho.
Tudo isso deve andar junto com políticas e programas de distribuição de renda a alimentos necessários para suprir as necessidades básicas. Neste tópico, a primeira coisa que se pensa é em ações governamentais, mas esse é um compromisso de todos.
Uma das formas de atuação do Instituto Ramacrisna, por exemplo, é o fornecimento de alimentação adequada para crianças e jovens. Todos os dias, os alunos recebem refeições balanceadas.
Parte desses alimentos vêm das doações semanais do Instituto Mesa Brasil do SESC. Além de completar a produção das refeições, o Instituto prepara kits para as famílias dos alunos. Para se ter uma ideia, só em 2022, foram fornecidas 84.103 refeições e 59.147 lanches na sede do Ramacrisna. No mesmo ano, ocorreu a distribuição de 16.101 doações de cestas básicas e kits gás.
Além disso, a parceria do Instituto com a Prefeitura de Betim permitiu que fossem servidas 1.470.814 refeições, junto com a Secretaria de Saúde, e outras 956.477 nos Restaurantes Populares da cidade.
A sua empresa também pode ajudar a resolver esse problema. Com a sua ajuda, podemos transformar ainda mais vidas. Faça sua contribuição.