Você já ouviu falar em empoderamento feminino? O termo é muito utilizado nas redes sociais para tratar, muitas vezes, de padrões de beleza e auto aceitação da imagem. Mas o conceito vai muito além.
A expressão “empoderamento” vem do inglês empowerment. Ou seja, a ideia surgiu nos Estados Unidos na década de 1970, com o objetivo de debater questões civis relacionadas à raça. Logo, o conceito foi incorporado pelo público feminino. No Brasil, o termo começou a ganhar força a partir da segunda década dos anos 2000, com a ascensão das redes sociais.
Mas a ideia é antiga: a luta pelos direitos da mulher e a sua inserção nos espaços públicos, como educação, trabalho remunerado e até cargos de liderança surgiu no século XIX. Trata-se de um movimento político e social que busca promover a força da mulher, tem como principal característica a luta pela igualdade de gêneros e por consequência a maior participação das mulheres na sociedade.
Como promover o empoderamento feminino?
Para alcançar o empoderamento feminino é preciso agir em todas as esferas sociais. Tanto que a ONU estabeleceu a igualdade de gênero como um dos seus Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma das metas para serem alcançadas até 2030.
Além disso, a Organização também indicou sete princípios do empoderamento feminino:
- Estabelecer liderança corporativa de alto nível para a igualdade de gênero;
- Tratar todos homens e mulheres de forma justa no trabalho – respeitar e apoiar os direitos humanos e a não-discriminação;
- Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todos os trabalhadores e as trabalhadoras;
- Promover educação, formação e desenvolvimento profissional das mulheres;
- Implementar o desenvolvimento empresarial e as práticas da cadeia de suprimentos e de marketing que empoderem as mulheres;
- Promover a igualdade de gênero através de iniciativas e defesa comunitária;
- Medir e publicar os progressos para alcançar a igualdade de gênero.
Empoderamento feminino na prática
No dia a dia, a sociedade civil também pode agir para promover o empoderamento feminino. O Instituto Ramacrisna possui várias ações que buscam dar mais oportunidades para as mulheres.
O primeiro deles é o Meninas em Rede, que oferece diversas oficinas a adolescentes para potencializar a educação em STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática). Além disso, a iniciativa prepara as meninas para os desafios da era tecnológica em uma área predominantemente masculina, desenvolvendo ações de socialização.
Na oficina de Tecnologia e Programação, as alunas aprendem os processos de desenvolvimento de aplicativos, incorporação das interfaces e a experiência do usuário nas plataformas e dispositivos móveis. Com isso, as estudantes aprendem a linguagem da programação para criar os aplicativos, com formulários e interfaces interativas, armazenamento de dados e comunicação com outros dispositivos.
Ao longo do projeto, elas também são apresentadas a referências femininas na área de tecnologia, que servem de exemplo e de inspiração e, ao final do projeto, as alunas desenvolvem um aplicativo mobile.
Já no Ampliando Fronteiras, adolescentes e mulheres jovens em situação de vulnerabilidade social e pessoal de Igarapé se qualificam profissionalmente. O projeto não é exclusivo para meninas, mas tem participação significativa delas.
Promovendo a inserção no mercado de trabalho, as mulheres participam de cursos gratuitos nas áreas de Informática Básica, Vendas e Logística acontecem em Igarapé, os de Mecânica de Automóveis, Soldagem e Eletricista de Instalações, na sede do Instituto Ramacrisna em Betim. Além disso, as alunas recebem uniforme, material didático e certificação.
O Ampliando Fronteiras é uma parceria do Instituto Ramacrisna com a BrazilFoundation e a prefeitura de Igarapé para capacitar jovens da cidade como empreendedores, em diversas áreas. Dos 68 participantes do curso de empreendedorismo 54 eram mulheres, o que representa 78 %. Dos 15 selecionados para receber um aporte de R$15.000,00 para abrir seu empreendimento, 11 eram mulheres, representando 73%. Dados muito significativos da competência empreendedor das jovens.
Mulheres no Terceiro Setor
Em 2021, foi lançado o manifesto “A Força das Mulheres no Terceiro Setor”. O movimento é uma iniciativa da Fundamig e da Conectidea, com participação de gestoras de diversas Organizações da Sociedade Civil, incluindo o Instituto Ramacrisna.
O documento aponta a valorização e o empoderamento feminino como formas de fortalecer não apenas as mulheres, mas também o Terceiro Setor do país. Para isso, o grupo de trabalho apontou a importância da criação de espaços de fala, liderança, formação e sensibilização feminina. Dessa forma, se incentiva a igualdade de oportunidades e a presença efetiva e respeitada de mulheres nos espaços de poder.
Agora, o Grupo de Trabalho realiza uma pesquisa sobre o perfil e as necessidades das mulheres que atuam no setor. A partir daí, a equipe irá elaborar um guia com propostas para fomentar a qualificação feminina.
Seja um agente transformador da realidade de meninas e mulheres e faça sua parte para promover o empoderamento feminino. Entre em contato conosco e saiba como colaborar.