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18 de novembro de 2022

Apoio pedagógico|Qualificação Profissional

Crianças negras: como empoderá-las?

O empoderamento de crianças negras continua sendo um dos debates mais urgentes no Brasil em 2025. Em um país onde mais da metade da população se identifica como preta ou parda, o racismo estrutural ainda determina desigualdades profundas desde a infância. Por isso, discutir estratégias reais para garantir o desenvolvimento pleno dessas crianças é essencial para promover justiça social e romper ciclos de exclusão.

Segundo o UNICEF, o Brasil tem 51 milhões de pessoas entre 0 e 19 anos, e 31 milhões delas são negras. Isso significa que o futuro do país depende diretamente do bem-estar, das oportunidades e da proteção oferecida a essa parcela da população.

Este texto reúne dados atualizados, apresenta caminhos concretos para o empoderamento infantil e mostra como o Instituto Ramacrisna atua para transformar essa realidade.

A desigualdade racial começa na infância

Mesmo com avanços em políticas públicas, o cenário ainda é desigual. O relatório Por uma Infância sem Racismo, atualizado pelo UNICEF em 2024 e ampliado em 2025, revela dados alarmantes sobre como o racismo impacta crianças negras em diversas áreas da vida.

Pobreza e insegurança social

Entre as crianças brasileiras que vivem em condição de pobreza, a maioria é negra. De acordo com o UNICEF:

  • 26 milhões de crianças e adolescentes vivem em famílias pobres;
  • 17 milhões são negras;
  • Crianças pretas têm 70% mais probabilidade de serem pobres do que crianças brancas.

Tais dados revelam que vulnerabilidade social e raça ainda caminham juntas no Brasil.

Evasão escolar: um caminho que perpetua desigualdades

O abandono escolar também segue afetando de forma mais intensa meninas e meninos pretos. Entre os 530 mil brasileiros de 7 a 14 anos que estão fora da escola, 330 mil são negros.

A evasão aumenta o risco de desemprego, trabalhos informais, exposição à violência e limita fortemente o desenvolvimento cognitivo e emocional.

Violência e violação de direitos

O risco de morte violenta na adolescência é outro ponto crítico. A ONU destaca que um adolescente negro no Brasil tem 2,6 vezes mais chances de ser assassinado do que um adolescente branco, um dado que revela a urgência de políticas de proteção eficazes.

Além disso, na faixa de 15 a 17 anos, as vítimas de exploração sexual são majoritariamente meninas negras ou indígenas, reforçando padrões históricos de vulnerabilidade.

Como promover o empoderamento de crianças negras

Empoderar crianças negras significa fortalecer autoestima, garantir acesso a direitos básicos e criar espaços seguros onde elas possam se reconhecer positivamente. Algumas ações essenciais incluem:

Promover identidade e representatividade

Livros, brinquedos, filmes e narrativas com protagonistas negros ajudam a construir autoestima e orgulho racial. Isso amplia o senso de pertencimento e combate estigmas.

Garantir acesso à educação, alimentação e saúde

Esses pilares reduzem desigualdades e oferecem segurança emocional e social. Investir em escola de qualidade, merenda, reforço escolar e cultura protege o desenvolvimento infantil.

Enfrentar o racismo de forma direta

Conversas abertas, políticas antirracistas e formação de professores e famílias ajudam a criar ambientes mais seguros. Crianças precisam ser educadas para reconhecer o racismo, e combatê-lo.

O papel do Ramacrisna no empoderamento de crianças negras

O Instituto Ramacrisna atua diretamente para garantir que crianças negras tenham acesso a oportunidades que reduzam os efeitos do racismo estrutural. Por meio de projetos educacionais, culturais e esportivos, a instituição oferece suporte integral para o desenvolvimento infantil.

CAER: desenvolvimento educacional, cultural e emocional

No Centro de Apoio Educacional Ramacrisna (CAER), crianças participam de:

  • oficinas culturais e esportivas;
  • atividades de alfabetização e reforço escolar;
  • ações de formação social sobre igualdade racial, autocuidado e identidade.

Além disso, o CAER fornece alimentação, ajudando famílias que enfrentam insegurança alimentar.

Essas ações:

  • fortalecem a autoestima;
  • ajudam na permanência escolar;
  • ampliam habilidades sociais;
  • permitem que os responsáveis tenham disponibilidade para trabalhar.

Biblioteca Arlindo Corrêa da Silva: referências que inspiram

Na biblioteca do Instituto, crianças conhecem autores, personagens e figuras históricas negras, criando conexões positivas com sua ancestralidade e seus potenciais.

Inclusão ao longo da vida

O Ramacrisna também oferece oportunidades para jovens e adultos por meio:

Assim, o ciclo de empoderamento se estende para além da infância.

Empoderar crianças negras é construir um novo futuro

Em 2025, fortalecer crianças negras significa combater desigualdades históricas e criar novas possibilidades de futuro. O empoderamento ocorre quando garantimos acesso a direitos, valorizamos identidades e apoiamos instituições comprometidas com equidade, como o Ramacrisna, que transforma trajetórias e abre portas para novas conquistas.

Se você quer contribuir, conheça os projetos da instituição e faça parte dessa mudança.

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