Racismo é o preconceito ou discriminação a uma pessoa ou a um grupo que faz parte de uma minoria étnica ou racial. Ele pode ser praticado de forma direta, por meio de agressões físicas e verbais, acusações e até ser seguido numa loja, por exemplo.
Mas o racismo vai além de agressões físicas e verbais. Muitas vezes, o preconceito se dá de forma enraizada na sociedade. Esses casos, chamados de racismo estrutural, trazem diversos prejuízos para as pessoas negras, incluindo a dificuldade a ocupar postos de destaque no mercado de trabalho.
No Brasil e em vários outros países, o racismo favorece os brancos e prejudica os pretos, pardos e indígenas. Entenda como o preconceito racial afeta pessoas pretas e pardas e a importância do Dia da Consciência Negra, uma data de reflexão e luta da população negra do Brasil
O que é o dia da Consciência Negra?
Antes de mais nada, precisamos saber porque foi criado o dia da Consciência Negra. A data, comemorada no dia 20 de novembro, celebra a cultura afro-brasileira e conscientiza sobre a resistência, a luta e o sofrimento da população negra.
A data remete à história do Brasil. Durante o período colonial, quase 5 milhões de africanos foram escravizados no país, em condições de vida precárias e sem direitos básicos. O dia 20 de novembro foi escolhido por ser a data da morte de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes quilombolas do país e um símbolo da resistência negra.
A abolição da escravidão, em 1888, não aboliu as diferenças entre negros e brancos. Sem políticas públicas de trabalho, moradia, saúde e educação, os recém-libertos lutavam mais uma vez para sobreviver: casas sem estrutura, baixa escolaridade e piores postos de trabalho.
É daí que vem os problemas do racismo estrutural que tem impacto na vida de pessoas pretas e pardas até hoje e que vamos abordar agora.
Racismo estrutural e desemprego
A taxa de desocupação do país no primeiro trimestre de 2024 foi de 7,9%. Mas essa proporção é ainda maior entre os negros. A taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (6,2%) e acima para os pretos (9,7%) e pardos (9,1%). O que gera diversas consequências, como o empobrecimento, aumento do subemprego e da informalidade, além do adoecimento da população, acometida sobretudo por problemas psicológicos.
Uma pesquisa pela Agência Brasil mostrou que os grupos populacionais mais vulneráveis são os mais atingidos. De acordo com a pesquisa, esse é o caso das mulheres, dos negros e dos jovens.
Apesar do crescimento indicado na atividade econômica, o mercado de trabalho ainda perpetua as disparidades sociais. Trabalhadores negros enfrentam obstáculos significativos na busca por emprego, na progressão de suas carreiras e no acesso a posições formais com salários mais altos. Além disso, mulheres negras enfrentam desafios ainda maiores do que homens, devido à interseção da discriminação racial e de gênero que enfrentam.
Comando das empresas
Mas o racismo estrutural não se reflete apenas na dificuldade para estar empregado. Um em cada 48 trabalhadores negros está em cargo de direção ou gerência, enquanto entre os homens não negros, a proporção é de um para cada 18 trabalhadores.
O dado é da pesquisa feita pela Agência Brasil. Ainda de acordo com o estudo, 1,8% das mulheres negras eram donas de negócios que empregavam funcionários, enquanto entre as não negras, o percentual foi de 4,3%. Entre os homens negros, o percentual ficava em 3,6%; já entre os não negros, a proporção foi de 7%.
As razões para essas desigualdades são diversas, mas uma delas é a menor escolaridade de pretos e pardos. De acordo com a nova pesquisa do IBGE, 29,5% das pessoas brancas de 18 a 24 anos estavam no ensino superior e 6,5% já tinham se formado. Entre os pretos e pardos, são apenas 16,4% cursando uma graduação e 2,9% com o diploma.
Dessa forma, no Instituto Ramacrisna, crianças, jovens e adultos negros recebem acolhimento e educação de qualidade para poder reduzir as desigualdades e ter mais oportunidades no mercado de trabalho.
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
O Instituto Ramacrisna acredita que dar novas oportunidades para pessoas em vulnerabilidade contribui para a diminuição do racismo e para a melhoria de toda a comunidade.
Entre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável que se relacionam ao nosso trabalho, podemos citar:
- 10 – Redução de desigualdades
- 4 – Educação de qualidade
- 8 – Trabalho decente e crescimento econômico
Contribua para combater o racismo estrutural e diminuir as desigualdades sociais. Conheça nossos projetos e faça sua doação.
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