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6 de março de 2023

Notícias|Tecnologia e Inovação

Dia da mulher: a origem do oito de março e a primeira programadora da história

Que o dia oito de março é conhecido como o Dia da mulher, você com certeza já sabe. Que muitas de nós ganhamos rosas e bombons na data, também. O que você talvez ainda não saiba é a história por trás desse dia. Ou ainda, que o primeiro código do mundo foi escrito por uma mulher. Registros mostram que o dia da mulher já é comemorado desde o início do século vinte na Europa e nos Estados Unidos, muito antes da oficialização da data por parte da ONU, em 1975.

A história da primeira programadora do mundo. Sim, é uma mulher! Ada Lovelace nasceu em 1815 na Inglaterra, filha de uma brilhante matemática, Anne Isabella Byron, e um famoso poeta, Lord Byron. Sua trajetória familiar não é tão diferente da de muitas de sua época: foi abandonada pelo pai quando ele descobriu que teria uma filha, e não um filho.
Foi educada nas ciências exatas, e sua mãe fez de tudo para mantê-la longe da poesia. Dizem que Ada chegou a escrever para Anne: “Se você não pode me dar poesia, pode me dar ciência poética?”.
E foi nessa área que se dedicou.

Conheceu e trabalhou com o cientista Charles Baggage, hoje chamado de “pai do computador” pela invenção da Máquina Analítica. Dessa forma, mergulhou nos estudos sobre a invenção, entendeu que as máquinas teriam uma capacidade de processar informações através de sequências numéricas e escreveu o primeiro algoritmo da história.

Tudo isso enquanto vivia em uma sociedade que não considerava mulheres como intelectuais, crescia sem a presença do pai e era constantemente questionada por outros estudiosos. Augustus de Morgan chegou a escrever para a mãe de Ada que, “apesar das habilidades da jovem, as mulheres não eram capazes de aprender, por não terem a mesma força dos homens”. E ela arranjou um jeito incrível de provar o contrário!

Como muitas pioneiras por aí, Ada só teve o seu trabalho reconhecido depois da sua morte. Mais precisamente, quase um século depois. Ela morreu em 1852, vítima de um câncer no útero. Suas notas foram publicadas em 1953, quando a máquina analítica foi aceita como o primeiro modelo de um computador.

Felizmente os tempos são outros. Na oficina de Tecnologia e Programação, realizada no FabLab Ramacrisna, as alunas de escolas públicas, moradoras e área rural, aprendem os processos de desenvolvimento de aplicativos, incorporação das interfaces e a experiência do usuário nas plataformas nos dispositivos móveis, aprendendo a linguagem da programação para criar os aplicativos, com formulários e interfaces interativas, armazenamento de dados e comunicação com outros dispositivos.

Como produto da oficina e como forma de avaliar o conhecimento adquirido pelas alunas, foi criado um aplicativo, criado pelas 5 turmas do curso, totalizando 83 alunas qualificadas. O aplicativo tem como objetivo conhecer a realidade local e principalmente, quais as maiores dificuldades enfrentadas por meninas e mulheres em suas comunidades.

O aplicativo, possibilitará ao Instituto Ramacrisna ter ainda mais proximidade com as carências locais e promover a sustentabilidade das intervenções e projetos futuros. E os dados serão analisados e discutidos com as meninas, como forma de criar estratégias interativas. O Meninas em Rede desenvolvido pelo Instituto Ramacrisna deixa claro que os tempos estão mudando, embora encontremos muita resistência da academia, dos profissionais homens, que ainda não perceberam totalmente a enorme capacidade que as mulheres têm ao usar a Tecnologia.

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