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24 de agosto de 2021

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Diminuir a desigualdade na educação melhora o aprendizado dos alunos

Avaliações apontam que crianças brasileiras têm dificuldades em leitura e matemática. Desigualdade na educação aumentou durante a pandemia.

Por ano, o Brasil investe U$4.661 por aluno da rede pública de ensino. Esse valor é menos que os U$10.102 que os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) gastam em média.

Mas a diferença de valores não é apenas entre países. Há um abismo aqui dentro do Brasil, com escolas particulares que têm um custo por aluno maior que na rede pública. 

Resultado da desigualdade de investimento na educação

O resultado do baixo investimento são os péssimos índices da educação brasileira em avaliações internacionais. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) aponta que os estudantes brasileiros não têm domínio satisfatório em leitura, matemática e ciências.

A avaliação é promovida pela OCDE e avalia estudantes de 15 anos em 79 países, incluindo o Brasil. Na média mundial, 9% dos estudantes são capazes de diferenciar fatos de opiniões. No Brasil, são apenas 2%. 

Ação do Terceiro Setor

Para melhorar o desempenho dos estudantes brasileiros, o Terceiro Setor estimula a presença dos alunos na escola e promove atividades de formação complementar no contraturno escolar. É o caso do Instituto Ramacrisna. 

O projeto Tecnologia e Inovação leva a crianças e adolescentes a chance de aprender utilizando materiais de última geração, como óculos de realidade virtual, impressora 3D, mesa alfabetizadora e lousa digitais. Os alunos também têm acesso a oficinas de informática educacional e de robótica educacional.

Segundo a vice-presidente do Instituto Ramacrisna, Solange Bottaro, o contato com essas tecnologias ajuda a estimular o interesse dos alunos.

“Inserir alunos de escolas públicas no mundo digital diminui o enorme “gap” entre esses e os que frequentam escolas particulares. A dificuldade de acesso ao ensino superior e ao mercado de trabalho está diretamente ligada à deficiência das competências recebidas no ensino fundamental”, esclarece.

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Educação na infância

Se os alunos que concluem o 9º ano têm desempenho escolar ruim, o mesmo acontece com as crianças nos primeiros anos de ensino. O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), do Ministério da Educação, aponta que 4,62% dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental estão abaixo do nível 1 – em uma escala que vai até 8 – dos conhecimentos em língua portuguesa. 

O Saeb também avalia o desempenho das escolas. E os resultados indicam que escolas localizadas na zona urbana têm melhores índices que as da zona rural. Também os alunos de escolas em regiões mais ricas têm aprendizado maior que os de áreas mais pobres. 

Para Solange Bottaro, a explicação está na falta de acesso a serviços básicos, como lazer e alimentação de qualidade, além de material escolar adequado, deficiência de equipamentos de tecnologia e biblioteca nas escolas. “Ampliar os horizontes para esse público é vital para construir um país com igualdade de oportunidades que possibilitem crescimento pessoal e profissional”, explica.

Por meio do Centro de Apoio Educacional Ramacrisna (CAER), crianças e adolescentes participam de oficinas no contraturno escolar e de aulas de música e esportes. O CAER também disponibiliza para os alunos alimentação, material escolar e vestuário. Para participar das atividades, as crianças precisam frequentar aulas em escolas públicas. 

Leia também: Qual é o cenário da educação na pandemia 2021

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