Com a pandemia, a situação de pessoas em insegurança alimentar se agravou no Brasil. De acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Rede PENSANN, 19 milhões de brasileiros estão passando fome atualmente. Esse número corresponde a 9% do total da nossa população. Neste cenário, o auxílio de empresas, que podem fazer doação de alimentos na pandemia, se torna fundamental para conter danos ainda maiores na vida de quem mais precisa.
A luta contra a fome pode contar com a ajuda de diversos integrantes da nossa sociedade, como empresas privadas, instituições não governamentais e cidadãos engajados. Para ajudar crianças, adolescentes, adultos e idosos em situação de vulnerabilidade, projetos sociais que unam todos esses setores são essenciais.
É isso que o Instituto Ramacrisna tenta fazer, diariamente, em parceria com grandes instituições. Apesar de o nosso foco ser educacional, também procuramos contribuir para a sociedade de outras formas, unindo pessoas de diversos segmentos, para criar uma rede solidária em torno de quem mais precisa. Neste artigo, vamos falar de algumas iniciativas nesse sentido e explicar como é possível ajudar. Confira!
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Doação de alimentos
Um caminho para socorrer pessoas em situação de vulnerabilidade é a participação em iniciativas de doação de alimentos. Muitas empresas da iniciativa privada ajudam ativamente, ou até mesmo coordenam, projetos de doação de cestas básicas.
É o caso da Mesa Brasil, iniciativa do Sesc que trabalha para captar alimentos para atender brasileiros que estão sofrendo com insegurança alimentar. O programa conta com mais de 3.000 parceiros, entre eles o Ramacrisna.
A ideia do Mesa Brasil é criar uma rede de combate à fome, com a colaboração de diversos setores, direcionando alimentos para locais em que a necessidade é extrema. Desde 2017, o Ramacrisna recebe doações no projeto, semanalmente.
De acordo com Marta Santos Malaquias, nutricionista do Ramacrisna, ações desse tipo são fundamentais para ajudar no combate à fome, especialmente em um contexto de pandemia. Com os alimentos doados pelo Mesa Brasil, é possível complementar as refeições oferecidas pelo Instituto.
“Nossa preocupação tem como base prevenir para que não haja risco nutricional e alimentar. Com o isolamento social e as medidas de segurança para controle da COVID-19, houve redução nos atendimentos presenciais, para ajudar as famílias dos nossos atendidos entregamos um kit de doações para os projetos em funcionamento semanalmente. E quando recebemos doações em grande quantidade fazemos contato com os alunos que estão em casa para serem beneficiados”, afirmou.
Entretanto, é importante destacar que nem todo tipo de alimento está apto para doações. Segundo Marta, sobras de refeições prontas, alimentos fora do prazo de validade, ou que estão fora da refrigeração adequada, não devem ser doados, porque representam um risco para a saúde do consumidor.
O papel das empresas
De uma forma geral, as empresas podem ser grandes mobilizadoras do combate à fome. É possível contribuir com ações internas, que incentivam a sustentabilidade e o consumo consciente. Além disso, também é possível promover iniciativas externas e mais diretas para o público, como o investimento em ONGs.
Desde sua criação, o Ramacrisna conta com fortes parcerias na iniciativa pública e privada, que nos ajudam a criar um espaço de acolhimento para os vulneráveis da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Durante a pandemia, o Instituto forneceu vales-alimentação no valor de R$120 por mês, durante 3 meses, para pessoas em vulnerabilidade nas cidades de Betim, Sarzedo e Ibirité. Os recursos foram doados pela Petrobras, antiga parceira, que também implementou a mesma ação em outros estados brasileiros.
Parcerias com o Terceiro Setor
Uma outra forma de ajudar é investir em parcerias com instituições do Terceiro Setor, ou seja, entidades sem fins lucrativos que exercem alguma atividade de cunho social. Em 2020, o Ramacrisna realizou uma ação coordenada com a BrazilFoundation, parceira do Instituto na realização do projeto Ampliando Fronteiras.
No mês de abril, foram entregues cerca de 581 cestas básicas, no valor de R$250,00, para famílias vinculadas ao Instituto. Também foram distribuídas cestas de verduras e materiais de limpeza e higiene pessoal.
Já no mês de junho do mesmo ano, o Instituto beneficiou 170 famílias, com um cartão no valor de R$ 150.00 por mês durante 3 meses. A doação teve apoio do Itaú Social.
Ajudar no combate à fome é construir uma sociedade mais igualitária e humana. O Ramacrisna está sempre pensando em iniciativas que vão contribuir para a responsabilidade social. Nosso objetivo é continuar lutando por um mundo mais justo e seguro para crianças e adolescentes, que precisam de melhores oportunidades para ter uma vida melhor. Conheça os nossos projetos!
Você também pode contribuir para as atividades do Ramacrisna, sendo pessoa física ou jurídica. Saiba como doar.