A vulnerabilidade social, segundo a Fundação Getúlio Vargas, atinge 23,3 milhões de brasileiros. São pessoas que sofrem com a falta de recursos e estruturas como renda, condições adequadas de moradia e acesso a serviços de educação ou saneamento básico. 

Diversos fatores de exclusão social fazem com que uma parcela da população esteja nesta condição. Neste artigo explicamos um pouco mais sobre esse termo, que tem sido muito usado pela imprensa e instituições do Terceiro Setor, e mostramos formas de se combater o problema. Confira!

O que é vulnerabilidade social

O termo está ligado à condição socioeconômica da população que sofre com ausência ou insuficiência de recursos ou estruturas que deveriam ser oferecidas a todo cidadão por meio do Estado. 

Alguns indicadores como o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), avaliam a vulnerabilidade por determinados pontos. No caso do IPEA, são 16 indicadores divididos por três temas principais:

•  renda e trabalho, que avalia a insuficiência de renda familiar, o desemprego de adultos ou ocupação informal sem ensino fundamental, dependência financeira de idosos e presença de trabalho infantil;
•  capital humano, que considera dados de acesso à educação e condições de saúde;
• e infraestrutura urbana, que usa informações como abastecimento de água, rede de esgoto e coleta de lixo

O último dado disponível do instituto, de 2017, aponta que houve um aumento de 2% da vulnerabilidade social no país, saindo de 0,243 para 0,248.

O índice varia entre 0 e 1, ou seja, quanto maior o valor, mais vulnerável a população está.

É importante ressaltar que pobreza e vulnerabilidade social não são sinônimo. O termo está associado à fragilidade da situação socioeconômica de uma pessoa ou de um grupo, que envolve as questões citadas acima. Já a pobreza é definida quando o nível de renda ou consumo per capita familiar está abaixo do mínimo essencial para suprir necessidades básicas.

Como combater

Sabemos que a falta de acesso à educação é um dos maiores motivos de exclusão social. ONGs, como o Instituto Ramacrisna, contribuem para que jovens que estão nessa situação possam ter acesso a educação e consequentemente uma oportunidade de trabalho.

No Instituto, todos os projetos são voltados para pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social. Como por exemplo, o Novos Rumos, o Construindo a Cidadania e o Descubra, que oferecem qualificação profissional para jovens inseridos ou egressos do sistema socioeducativo de Betim. 

O projeto Construindo a Cidadania oferece uma capacitação em Auxiliar Administrativo para nivelamento da turma e na sequência os jovens de 14 a 18 anos participam dos cursos profissionalizantes oferecidos pelo Instituto. Já o Novos Rumos atende adolescentes de 13 a 18 anos, e conta com cursos de Informática (básica e avançada), Robótica (básica e avançada) e Mecânica de Automóveis. Ambos têm o apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Betim, sendo que o Construindo a Cidadania conta também com apoio do Ministério Público do Trabalho. No projeto Descubra são oferecidos também qualificação e cursos de audiovisual e música, ampliando assim as ofertas de aprendizado e oportunidades de acesso ao mercado de trabalho.

Além desses e outros cursos oferecidos no Ramacrisna, os alunos recebem apoio pedagógico, por meio de atendimento individual, para tratarem suas dificuldades e desenvolverem noções de ética, conscientização ambiental, valores e princípios.

O objetivo de cada atividade do instituto é lutar contra os fatores de exclusão social e inserir os jovens na sociedade por meio do trabalho e da educação.

Se você é Investidor e ou empresa e deseja contribuir para mudar a realidade de jovens que vivem em vulnerabilidade, entre em contato com o Instituto e saiba como ajudar.