Projeto do Instituto Ramacrisna, apoiado pelo Criança Esperança, visa a inclusão de meninas em situação de vulnerabilidade social
Dezoito meninas, moradoras da zona rural de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão concluindo a segunda turma da Oficina de Tecnologia e Programação, que faz parte do projeto Meninas em Rede, desenvolvido pelo Instituto Ramacrisna, com apoio do projeto Criança Esperança da Rede Globo e UNESCO e também com a Prefeitura de Betim. A formatura acontecerá no dia 22 de julho, às 14h30, na sede do Instituto Ramacrisna (rua Mestre Ramacrisna, 379, Santo Afonso, Betim).
Na oficina, que teve 200 horas/aulas práticas e teóricas, adolescentes entre 14 e 17 anos foram capacitadas em programação, robótica, desenvolvimento de aplicativos, entre outros conteúdos. As aulas foram ministradas no FabLab Ramacrisna, com acesso a equipamentos de ponta, como impressoras 3D, óculos de realidade virtual, Router CNC Corte a Laser, tablets, computadores e kits lego para a prática da Robótica Educacional.
O projeto Meninas em Rede visa à inclusão de meninas em situação de vulnerabilidade social nas áreas de Tecnologia e Inovação. Para a vice-presidente do Ramacrisna, Solange Bottaro, o projeto é inovador e abre novos horizontes e possibilidades para as mulheres em áreas dominantemente ocupadas pelo gênero masculino. “As jovens são praticamente excluídas do ramo da tecnologia devido aos desafios sociais e de gênero que enfrentam diariamente. No entanto, o comprometimento e a desenvoltura dessas meninas no aprendizado deixam bastante claro que o investimento feito através do projeto Meninas em Rede e a confiança depositada nelas pelo Instituto Ramacrisna valeram à pena. Elas certamente terão um futuro brilhante”, argumenta.
Também já estão abertas as inscrições para nova turma da Oficina de Tecnologia e Programação. As inscrições podem ser feitas até o dia 20/07 pelo site do Instituto. O objetivo é formar, até o final do ano, 60 meninas. O projeto Meninas em Rede promove ainda atividades esportivas e culturais como dança, xadrez, judô, entre outros esportes. A meta é atender 278 meninas, na faixa etária de 6 a 17 anos.
FabLab – O FabLab Ramacrisna é o primeiro Laboratório de Fabricação Digital a funcionar em uma zona rural no Brasil. Até então, existiam 25 modelos deste tipo em todo o país, sendo três deles na capital mineira. O espaço oferece o que há de mais moderno e avançado em tecnologia e inovação, com ferramentas e materiais para a produção rápida de objetos por meio da prototipagem.