Onda de calor e chuvas em excesso são provas de que as mudanças climáticas não são mais uma possibilidade, mas sim uma realidade
Temperaturas acima de 40º C em plena primavera, chuvas em excesso causando enchentes, frio severo no inverno. O aquecimento global não é mais uma teoria e sim uma realidade. As mudanças climáticas mostram isso claramente.
Relatórios da ONU mostram que o aumento da temperatura global não deve passar de 1,5º C para evitar piores impactos climáticos e garantir um clima habitável. Porém, conforme o atual cenário, a expectativa é que a temperatura média global deve subir 3,2º C até o final do século. Pode parecer pouco, mas é o suficiente para causar desequilíbrio ambiental e intensificar ainda mais as mudanças climáticas.
As consequências incluem:
- Condições climáticas extremas mais frequentes e intensas, como ondas de calor e chuvas fortes;
- rápido derretimento de geleiras e mantos de gelo, contribuindo para o aumento do nível do mar;
- enormes declínios no gelo marinho do Ártico;
- aquecimento do oceano;
- mudanças na vida das pessoas, como aumento da fome e do número de mortes.
O que causa as mudanças climáticas?
Cientistas e especialistas explicam que as alterações do clima são causadas pela emissão de gases poluentes na atmosfera. Essas substâncias são liberadas em todas as partes do mundo e afetam a todos, mas alguns países produzem muito mais do que outros.
Para se ter uma ideia, os 10 países mais poluentes são responsáveis por 68% das emissões, enquanto os 100 menos emissores geram 3% dos gases emitidos. Como é um problema que afeta a todos, cada um de nós deve agir, mas quem tem mais responsabilidade sobre o problema precisa fazer mais.
Jovens heróis
Para tentar criar políticas globais de redução do aquecimento global, os líderes de diversos países se reuniram na COP 28 – 28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU). O evento foi realizado entre o fim de novembro e a primeira quinzena de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos
Durante o evento, foi apresentada uma pesquisa que mostrou sobre o papel de crianças e jovens em tentar reverter as mudanças climáticas. O estudo mostrou que 85% dos jovens entre 15 e 24 anos de idade de 55 países afirmaram ter ouvido falar de mudanças climáticas, mas apenas 50% deles escolheram a definição correta de acordo com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) quando solicitados a selecionar entre “mudanças sazonais no clima que ocorrem todos os anos” e “eventos climáticos mais extremos e um aumento nas temperaturas médias mundiais resultantes da atividade humana”.
A diretora executiva do Unicef, Catherine Russel, chamou os jovens de “alguns dos maiores heróis na condução de ações para enfrentar o impacto das mudanças climáticas”. Isso porque a pauta aparece em protestos e em reuniões. Além disso, ela chamou atenção para a importância de fazer as próximas gerações compreenderem a crise global.
Por isso, a educação ambiental se faz cada vez mais importante. Sabendo disso, o Instituto Ramacrisna trata do tema de forma transversal em todos os programas, projetos e propostas. Ou seja, o tema é continuamente abordado para crianças, jovens e adultos, que multiplicam esses valores com suas famílias e comunidades. Aliando, assim o compromisso enquanto instituição com a formação ambiental de milhares de pessoas.
Nossas ações
O Instituto Ramacrisna busca a melhoria contínua na área ambiental. Para isso, investe na ampliação das ações de eficientização energética, geração de energia limpa e renovável, coleta e tratamento de resíduos dos efluentes, preservação de mata de cerrado e destinação correta de resíduos.
A sede do Instituto, localizada , em Betim, abriga uma Ecotrilha em meio a uma área de 4 hectares de mata de cerrado preservada- uma trilha ecológica, com um percurso que dura cerca de 15 minutos e que permite ao visitante aproveitar a paisagem e a biodiversidade. A trilha é aberta ao público e pode ser feita em qualquer dia da semana, de forma totalmente gratuita.
Outra ação é a destinação correta dos resíduos. Os restos de alimentos, as aparas de grama e a folhagem recolhida vão para a compostagem. O adubo advindo desse material é usado nos jardins da sede.
Enquanto isso, outros resíduos, como o óleo utilizado na fábrica de telas e na escola de mecânica, são recolhidos por uma instituição parceira, que faz o descarte correto do material. As peças de equipamentos eletrônicos são usadas para a restauração de máquinas, como computadores, e a sucata é enviada para a reciclagem.
Na região, não existe rede de tratamento de esgoto. Por isso, o Ramacrisna trata todos os seus efluentes por meio de biodigestores. O Instituto planeja implementar o reaproveitamento da água e a coleta de água pluvial, investindo cada vez mais no cuidado com o meio ambiente, garantindo a qualidade de vida para as próximas gerações.
Todas estas ações refletem diretamente no trabalho educacional realizado pelo Instituto, que ao longo das mais de seis décadas de história, já transformou a vida de cerca de dois milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade social moradoras de 13 cidades da Grande BH.
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