O número de mulheres empreendedoras no Brasil cresce cada vez mais. Segundo o último levantamento “Empreendedorismo feminino”, o percentual de empresárias em relação ao total de negócios chegou a 34% no país em 2022 – um aumento de quase 30% se comparado a 2021.
Ao todo, são mais de 10 milhões de mulheres donas dos próprios negócios. A maioria delas começou a empresa por necessidade e encontraram no empreendedorismo uma forma de garantir seu sustento e se encontrar na vida profissional.
Mas nem tudo são flores. De acordo com a pesquisa, no cenário de negócios comandados por mulheres, nove a cada 10 empreendedoras continuam comandando suas empresas sozinhas. Muitas delas relatam terem que conciliar o trabalho de casa com o da própria empresa, enfrentando jornadas duplas (e até triplas) de trabalho.
Mesmo assim, é preciso incentivar que cada vez mais mulheres se arrisquem para entrar nesse ramo. Por isso, nada melhor que conhecer histórias de quem se deu bem com o próprio negócio.
Mulheres empreendedoras para se inspirar
Uma das 10 milhões de mulheres empreendedoras no Brasil é a fotógrafa Cleidiane Duarte. Ela trabalha com a produção de ensaios infantis e de família.
A história profissional de Cleidiane começou em 2011, quando ela ingressou na Antenados Produtora, onde ficou até 2020. No começo, ela trabalhava como jovem aprendiz e, depois, como instrutora.
Na Produtora, Cleidiane teve a oportunidade de conhecer profissionais mais experientes e fazer mais cursos de fotografia. A fotógrafa é formada em Publicidade e Propaganda e já trabalhou em várias áreas, como casamentos e eventos, por exemplo.
“A fotografia é incrível por diversas razões, mas receber o feedback das clientes dizendo o quanto aquele ensaio foi importante para resgatar sua autoestima, não tem preço”.
O Instituto Ramacrisna também teve papel fundamental na história de Jaine Barbara Menezes Oliveira. Quando ela se inscreveu no curso de Trancista, buscava apenas uma habilidade nova para usar nos próprios cabelos. Foi no Projeto Construindo o Futuro, realizado pelo Instituto Ramacrisna em parceria com a Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, que ela entendeu que, ali, nascia uma profissão. “Assim que acabou o curso, comecei a atender algumas vizinhas e familiares, e entendi que o que aprendi não deveria ficar só para mim”, conta. Os atendimentos começaram com o kit que ela recebeu ao final do curso, junto com o certificado. “Quando as aulas começaram, eu não estava trabalhando, mas minha mente foi se abrindo para a possibilidade de começar uma nova carreira. Então, criei um perfil profissional nas redes sociais e comecei a montar uma cartela de clientes, que foi crescendo. Em dezembro minha agenda ficou lotada”, comemora a nova empreendedora.
Outra mulher empreendedora que conseguiu se encontrar na carreira é Isabela Machado. Ela sempre foi apaixonada por moda e, por isso, abriu uma pequena loja, o Zabelí Brechó, em sua cidade natal, em Igarapé, na Grande BH.
Ela tocou o negócio por um tempo, até chegar a hora de cursar uma faculdade. Foi então que ela deixou a loja de lado para se formar em Arquitetura e Urbanismo. Mas, já com o diploma na mão, ela não conseguia uma vaga de trabalho, o que afetou seu psicológico de forma profunda.
Isabela chegou a ser internada em uma instituição psiquiátrica e começou um longo tratamento. Além dos remédios, ela encontrou na loja a saída para conseguir se manter. O brechó já estava de volta quando a jovem resolveu participar do curso Bootcamp – Empreendedorismo em ação, na época realizado pelo projeto Ampliando Fronteiras, do Ramacrisna, em parceria com a BrazilFoundation e a prefeitura de Igarapé.
“Eu fiquei sabendo através de uma amiga, sobre o curso que teria. E lá fui eu. Passei a fechar a porta do Brechó na parte da tarde, para poder estudar”, conta. Além do conhecimento, ela sonhava em ser selecionada pelo projeto para receber uma consultoria exclusiva de Modelagem de Negócios e um apoio financeiro no valor de R$15 mil para investir em seu empreendimento.
E ela conseguiu. Com o dinheiro, ela quitou as dívidas, comprou tintas e transferiu o Brechó para o centro de Igarapé. Além disso, ela investiu em um frigobar, um software de controle financeiro, e reforçou o estoque. Hoje, Isabela espera ampliar sua loja e conquistar cada vez mais clientes.
Pela inclusão das mulheres
Sabendo das dificuldades encontradas pelas mulheres no mercado de trabalho e no empreendedorismo, o Instituto Ramacrisna trabalha para formar e permitir que, cada vez mais, elas consigam sucesso em suas carreiras. São diversos cursos profissionalizantes e projetos de cultura, lazer, esportes, apoio educacional e de aprendizagem.
Ao todo, mais de dois milhões de pessoas já foram beneficiadas por pelo menos uma de nossas iniciativas. Mas o Ramacrisna quer ainda mais. E você pode ajudar a manter essa corrente do bem. Acesse para escolher a forma de doação e contribuir com qualquer valor.