Falta pouco mais de um mês para o início das Olimpíadas 2024. Os jogos olímpicos e paralímpicos serão realizados em Paris, na França, e a comitiva brasileira chega animada para conquistar medalhas. Ao todo, estarão em disputa 50 modalidades, sendo 28 nos jogos olímpicos e 22 nos paralímpicos.
Para chegar até a maior competição esportiva do mundo, os atletas viveram momentos de superação na vida pessoal e profissional. A seguir, conheça cinco esportistas brasileiros que estarão nas Olimpíadas 2024 e merecem nossa torcida.
Rafaela Silva – judô
Um dos maiores nomes do judô brasileiro, Rafaela Silva começou a praticar judô em uma ONG criada pelo ex-judoca Flávio Canto, ainda na adolescência. Em 2008, ela se tornou campeã mundial sub-20. Três anos mais tarde, já entre os adultos, foi prata no Mundial de Paris. Em Londres 2012, acabou desclassificada na segunda luta após aplicar um golpe ilegal na húngara Hedvig Karakas. O ano seguinte trouxe a consagração: a atleta escreveu seu nome na história do esporte brasileiro ao se tornar a primeira judoca campeã mundial de judô. Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, conquistou a medalha de ouro em sua cidade-natal, a primeira do Brasil na competição carioca.
Daniel Dias – natação
O atleta paralímpico Daniel Dias nasceu com uma má-formação congênita dos membros superiores, perna direita e pé esquerdo. Aos 3 anos, ele passou por uma cirurgia para poder usar uma prótese e começou a andar. Quando adolescente, em 2004, ele conheceu os jogos olímpicos e quis se tornar um atleta. Hoje, o nadador é medalhista paralímpico brasileiro. O atleta tem 27 medalhas paralímpicas, somando suas 4 participações em Jogos Olímpicos: 14 ouros, 7 pratas e 6 bronzes.
Rebeca – ginástica
Primeira medalhista olímpica feminina da ginástica artística brasileira, Rebeca Andrade começou a praticar esportes em um projeto social da prefeitura de sua cidade, Guarulhos. Foi em 2012, quando tinha apenas 12 anos, que ela participou de seu primeiro campeonato com uma atleta profissional. Naquela ocasião, ela venceu o Troféu Brasil, superando nomes fortes da ginástica, como Daniele Hypolito e Jade Barbosa. Ela conquistou a prata no individual geral e o ouro no salto nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Além disso, Rebeca se tornou a primeira mulher do país a ganhar duas medalhas em uma edição olímpica. Em 2021 também se tornou a primeira brasileira a conquistar duas medalhas em uma única edição do Campeonato Mundial.
João Marcello – basquete
Aos 23 anos, João Marcello Cardoso Pereira integra, pela primeira vez, a seleção masculina de basquete nas Olimpíadas 2024. Apelidado de Mãozinha, o titular do Mexico City Capitanes é tido como uma grande promessa do basquete, sendo uma estrela em ascensão no NBA, a liga americana de basquete. Antes de ir para a América do Norte, o atleta defendeu Pinheiros, Fortaleza e Corinthians. Em 2023, conquistou a medalha de prata nos Jogos Mundiais Universitários, quando cursava Educação Física. O amor pelo esporte veio de família: ele é filho de Marcelo Mãozão, que também foi jogador profissional de basquete e ainda participa de torneios de veteranos.
Ana Patrícia – vôlei de praia
Atual campeã do Mundo, líder no ranking feminino e detentora de quatro títulos do Elite 16 em 2023, Ana Patrícia Silva Ramos é dupla de Duda nas Olimpíadas 2024. De infância simples no interior de Minas, a atleta sempre se encontrou nos esportes. Por conta do bullying, achou no futebol uma turma que a fez se sentir especial. Vivia também em frente a um clube, onde jogou futsal e praticou natação. Mas foi no handebol, em uma edição de Jogos Escolares, quando foi descoberta para o vôlei, recebendo convite do Professor Augusto Figueiredo para um teste na seleção mineira de vôlei de praia. A atleta se mudou para Betim e integrou a equipe treinada pelo técnico Giuliano Sucupira, do Projeto Viva o Esporte/Ramacrisna, uma parceria do Instituto Ramacrisna com a Prefeitura de Betim. Aqui, ela aprendeu os fundamentos do vôlei de praia e logo se destacou. Nas últimas olimpíadas, ficou em quinto lugar, o que a deixou com gosto de quero mais. Agora, ela sonha com a medalha.
Olimpiadas 2024 para todos
A trajetória de um atleta olímpico mostra a importância da prática esportiva para crianças e adolescentes em vulnerabilidade social. Sabendo disso, o Ramacrisna investe no esporte como forma de transformar vidas. Por meio de parcerias públicas e privadas, diversos projetos do Instituto ofertam oficinas esportivas para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. Como é o caso do Viva o Esporte, realizado em parceria com a Prefeitura de Betim. A iniciativa promove atividades esportivas em 14 núcleos diferentes. O objetivo é ampliar a oferta de práticas corporais, esportivas, de lazer, recreação e esporte de forma gratuita para a comunidade. São disponibilizadas atividades para pessoas de todas as idades, gêneros e com e sem deficiência, com acompanhamento de profissionais especializados.
Além da prática esportiva, os alunos do Projeto Viva o Esporte/Ramacrisna também contam com atendimento psicológico, fisioterapeuta e assistente social.
Já o projeto Esporte em Movimento, com patrocínio da Vale, Goldman Sachs Banco, Goldman Sachs Corretora e Rede Itaú por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, oferece diferentes modalidades, como futebol 7 society, futebol, futsal, peteca, vôlei, judô e basquete. Além do caráter esportivo, a prática auxilia ainda no desenvolvimento integral do indivíduo e a sua formação para o exercício da cidadania e a prática do lazer.
O Projeto VALE (Vencer, Acreditar, Lutar, Engajar), com patrocínio da Vale por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, oferta para crianças e adolescentes com idade entre seis e 18 anos, atividades de xadrez, futebol 7 society, futsal, peteca, vôlei e judô. Por meio do projeto Construindo o Futuro VI, crianças e adolescentes das cidades de Betim, Ibirité e Sarzedo praticam atividades de basquete, futsal, vôlei, handebol e capoeira.
Se você quer nos ajudar a transformar vidas, entre em contato conosco. Sua participação impacta diversas famílias.
Descoberta de talentos
Outro fenômeno que os esportes praticados no Ramacrisna tem é a descoberta de novos talentos. É o caso de Ana Lara de Assis Nascimento, aluna de judô. Com apenas 13 anos, ela conquistou a medalha de prata no Campeonato Brasileiro Regional, realizado no Rio de Janeiro, local onde foram realizadas as Olimpíadas de 2016. Para Ana Lara, este é um momento fantástico, pois suas inspirações, Rafaela Silva e Mayra Aguiar, também conquistaram medalhas no mesmo local.
Ela não é o único talento. Os times de judô do Ramacrisna têm tido um destaque positivo. A equipe feminina é bicampeã estadual dos Jogos Escolares de Minas Gerais. Da mesma forma, a equipe masculina, no módulo 1, também é bicampeã estadual dos Jogos Escolares.
“O judô é o esporte olímpico que mais trouxe medalhas para o Brasil, com um total de 24 conquistas. Este fato confirma o judô como o carro-chefe do Brasil nas Olimpíadas, destacando ainda mais a importância e o potencial das nossas jovens atletas no cenário esportivo nacional”, explica o treinador Caliton Silva dos Santos.