Sob a batuta do Maestro Eliseu Barros, a Orquestra Filarmônica Ramacrisna transforma vidas por meio da música, da educação e da esperança
Violinista, maestro e compositor, Eliseu Martins de Barros é uma das figuras mais inspiradoras do Instituto Ramacrisna. Mas não é apenas pelo um currículo invejável, ele também reúne uma carreira sólida na música e uma paixão genuína pela educação. Por isso, desde 2014, ele é o regente e diretor artístico da orquestra para crianças e adolescentes do Instituto, projeto que tem transformado a vida de centenas de jovens por meio da arte e da oportunidade.
Com uma trajetória marcada por sensibilidade e propósito, o Maestro Eliseu acredita no poder da música como ferramenta de transformação social. Para ele, o trabalho vai muito além de formar músicos: é sobre fortalecer a autoestima, a autoconfiança e o sentimento de pertencimento dos alunos.
Criada em 2005, a Orquestra Filarmônica Ramacrisna nasceu com o objetivo de oferecer a jovens em situação de vulnerabilidade a chance de descobrir a beleza da música instrumental e o valor da convivência em grupo. Hoje, cerca de 50 músicos participam das aulas de teoria e prática instrumental — com naipes de cordas, sopros e percussão — sob a orientação de professores experientes, como Alexandre Barros (sopros), Elias Barros (violino e viola), Thiago Barros (violino e viola), Lucas Barros (violoncelo e contrabaixo) e, claro, o Eliseu.
Mas o maestro foi o último a fazer parte do projeto. “Conheci o Ramacrisna por indicação de 2 irmãos meus que trabalhavam lá como professores a convite do Sebastião Barros, o regente que criou o projeto da orquestra. O Sebastião já era um pouco mais velho e ficou cansado da tarefa e preferiu passar pra outra pessoa continuar e aí meus irmãos me indicaram e então essa bela história começou em 2014”, resumiu.
Ao chegar no projeto, ele percebeu que tinha um desafio: como conseguir dialogar com os alunos e conseguir ensiná-los? No entanto, o maestro logo descobriu o segredo.
“É muito necessário trabalhar autoestima e autoconfiança pra que eles se percebam em condições de se tornarem bons músicos e por aí se darem a chance de sonhar em ser artista, algo em falta pelas questões de vulnerabilidade social, sobretudo a falta de apoio emocional, sentimental da família e do ambiente social de convivência”, explica.
“O Ramacrisna é a personificação de que o Brasil tem solução. Se cada cidade tivesse projetos sociais como este, teríamos cidadãos de bem, produtivos e conscientes do seu papel na sociedade”, afirma .
A rotina da orquestra para crianças e adolescentes vai muito além dos ensaios e apresentações. Isso porque, mais do que um projeto musical, a orquestra é um instrumento de inclusão social para jovens em situação de vulnerabilidade social.
Por isso, o maestro e sua equipe não se limitam à música. Como também transformam o trabalho em um ato de educação emocional e social. “Muitos alunos chegam com a autoestima destruída. Então, nosso trabalho é mostrar que é possível vencer na vida através da música”, diz ele.
O impacto do projeto é visível: diversos alunos seguiram carreiras na música ou em outras áreas, sempre levando consigo as lições de disciplina, dedicação e empatia aprendidas na orquestra. O espaço se tornou um refúgio para jovens que enfrentam realidades desafiadoras, proporcionando um ambiente seguro para crescer, sonhar e se expressar.
Além disso, os jovens músicos já se apresentaram em palcos importantes da Grande BH, como o CCBB, Palácio das Artes e Teatro Bradesco, por exemplo. O grupo também já dividiu o palco com grandes nomes da música, como Saulo Laranjeira, Trio Amaranto e os tenores italianos Claudio Mattioli e Massimiliano Barbolini. Em 2024, a orquestra celebrou os 65 anos do Instituto com um espetáculo inesquecível ao lado de Seu Jorge no Cine Theatro Brasil.
Com mais de uma década de dedicação ao projeto, Eliseu Barros segue firme na missão de formar não apenas músicos talentosos, mas também cidadãos conscientes e inspiradores. Ele mostra que a arte pode — e deve — ser um caminho de empoderamento e inclusão.
Por isso, o maestro não esconde o orgulho de ver os alunos se tornando protagonistas das próprias histórias. “Fazer parte dessa corrente do bem é uma alegria imensa. A verdadeira essência do educador é participar da transformação das pessoas”, afirma.
No Instituto Ramacrisna, cada nota tocada pela orquestra para crianças e adolescentes ecoa uma mensagem de esperança, talento e solidariedade. Patrocine a orquestra e ajude a transformar vidas. Entre em contato e saiba como ajudar.