O pai, que é jardineiro do Ramacrisna, levou Felipe ainda criança para o Instituto. Hoje, ele também é um dos colaboradores da organização, encantando com sua música
Desde pequeno, Felipe Fernandes tinha um vizinho ilustre: o Instituto Ramacrisna. Seu pai, José do Carmo, trabalha como jardineiro da organização. Por isso, a família sempre teve contato com a instituição.
Quando Felipe começou a ir para a escola, o pai o matriculou no Centro de Apoio Educacional Ramacrisna (CAER). Era lá que o garoto passava as tardes após as aulas.
A criança foi crescendo e, quando se tornou um adolescente, começou a aprender a tocar um instrumento. E foi então que ele conheceu o violoncelo, que transformou a sua vida. Hoje, ele divide sua paixão com crianças e adolescentes. Tudo isso dentro do Ramacrisna. Conheça essa história a seguir.
Infância no Ramacrisna
Foi graças ao pai que Felipe passou a frequentar o Ramacrisna. Quando começou os estudos regulares, iniciou também as atividades nas oficinas da Instituição. “Foi daí que eu comecei a frequentar o Ramacrisma, da Escola ia direto pro Instituto para participar das atividades”, lembra.
No CAER, Felipe brincava, praticava esportes, tinha reforço escolar e até aulas de música. Foi então que o pai fez uma proposta ao garoto, que já era um adolescente, envolvendo a Orquestra Filarmônica Ramacrisna.
“Certo dia ele chegou em casa , me chamou e perguntou se eu queria participar da Orquestra. Eu sem entender nada, sem saber o que era Orquestra, perguntei para ele o que seria e ele só falou que era tocar. Falei ‘tocar o que?’, ele respondeu: violino.. Ninguém da minha família é músico e nem toca instrumento… pensei, pensei e pensei acabei aceitando”, conta.
No dia seguinte, o pai o levou até a Orquestra. Em pouco tempo, as aulas começaram. Felipe tentou se dedicar a tocar o violino, mas o instrumento não o conquistou. “Com uma semana já não estava mais empolgado, falei que não queria mais tocar violino e quase desisti do projeto, foi então que o maestro Sebastião me apresentou o violoncelo, para ver se eu ia gostar. ele não queria que eu desistisse. Quando ele passou o arco na corda Sol do violoncelo meu ouvido já captou o som e eu soube que era esse instrumento que queria aprender. Foi a partir daí que comecei a estudar o violoncelo, fui pegando gosto e procurando entender como funcionava.”, relata.
E ele não parou mais. Felipe se apaixonou pelo violoncelo e se encontrou na música. “A música representa muito pra mim, quando estou tocando me faz bem, me faz feliz”, destaca.
Uma década de música
Mais de uma década depois, Felipe continua a sua carreira na Orquestra do Ramacrisna. Nesse período, ele pôde realizar muitos sonhos. “Tenho muito que aprender ainda, mas durante mais de 10 anos na Orquestra, fui aprovado para tocar na Orquestra Sinfônica de Betim, fiz viagens com outras Orquestras, grupos de casamentos, realizei um sonho que foi poder tocar na Sala Minas Gerais, onde só a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais toca”, diz orgulhoso.
Foi então que veio uma surpresa: ele foi convidado para ser instrutor no projeto. Para ele, a proposta representou o reconhecimento do seu esforço na música. Sem pensar duas vezes, ele aceitou.
“A experiência é muito diferente de quando eu era aluno. Como instrutor, eu posso ajudar, ensinar, mostrar para os jovens esse caminho da música. É incrível, é muito gratificante. Sou muito grato ao Instituto Ramacrisna pela oportunidade que tive e estou tendo. Espero dar o meu melhor para ajudar ainda mais o projeto, e ver os alunos terem essas experiências que tive durante esses anos”, deseja.
Felipe não deixou os estudos de lado e segue aperfeiçoando seu talento. Seu desejo é que, no futuro, a música continue sendo sua profissão. “Viver do que amo fazer, tocar em grandes orquestras e viajar o mundo apresentando”, sonha.
Assim como Felipe, mais de dois milhões de pessoas já puderam realizar seus sonhos graças ao Instituto Ramacrisna. Para continuar a transformar a vida de mais pessoas, precisando de sua ajuda. Conheça nossos projetos e faça sua doação.
