O ano era 1987. José Augusto Fonseca ia diariamente de Itaúna, onde reside até hoje, até Belo Horizonte, seu local de trabalho. Durante a rotina, um amigo lhe contou sobre um professor que mantinha um trabalho social e espiritual em Betim.
Ele ficou curioso e quis conversar com esse homem. José logo se apaixonou por aquele lugar, que faz parte da sua vida até hoje. Essa é, resumidamente, a história de José Augusto com o Instituto Ramacrisna.
Desde 1993, ele integra o Conselho Fiscal da Instituição. O órgão é responsável por acompanhar e aprimorar o departamento financeiro do Ramacrisna. Com muita emoção, ele conta essa história:
Conexão imediata
Foi um amigo de Itaúna que comentou com José Augusto sobre o trabalho do Ramacrisna, realizado pelo professor Arlindo Corrêa da Silva. Curioso, ele decidiu procurar o mestre para saber mais. Aquele encontro foi uma verdadeira conexão de almas. “Quando lá cheguei e o vi, senti como se aquilo não fosse um primeiro encontro, apesar de sê-lo, mas que já nos conhecíamos há algum tempo”, lembra.
Assim, eles logo se tornaram amigos, e José Augusto passou a frequentar o Ramacrisna regularmente, participando das aulas de ioga aos sábados à noite. Cada encontro, trazia consigo uma grande lição. “Em nossas conversas, conseguimos estreitar muito o nosso relacionamento e compreender melhor a sua filosofia de vida e os seus objetivos voltados para o assistencialismo e a educação”, conta.
José Augusto foi ficando cada vez mais admirado com o trabalho de Arlindo. Ver tanta dedicação em ajudar o próximo fez com que ele entendesse o propósito de tudo. “Consegui compreender os motivos que o levaram a fundar e administrar, com tanta solidez e força, uma instituição como esta, enfrentando todas as dificuldades que um projeto deste porte exige de nossa vontade. Apenas uma fé inabalável como a deste homem simples e sincero, trabalhador e estudioso incansável, no seu mestre e sábio indiano Sri Ramakrishna, que o inspirou e orientou em seu trabalho, é que poderia dar sustentação a tamanha força de vontade e dedicação que o levou a “carregar” por anos um empreendimento extraordinário como este e que permanece vivo até os dias de hoje”, descreve.
Compromisso com o Ramacrisna
Para José Augusto, muita gente não compreendia o que representava o trabalho do Ramacrisna, por conta da realidade materialista em que vivemos. Mas ele pôde presenciar a luta de Arlindo para manter o projeto. “O trabalho do professor Arlindo não pode ser realizado sem uma atenção fortemente voltada para o amor incondicional ao seu semelhante e ao bem comum. Seria desnecessário dizer que a sua luta não haveria de ser fácil. Quando ele percebeu que estava próximo de “partir” de nosso meio, ele mesmo “escolheu” aqueles trabalhadores que poderiam dar continuidade ao seu imenso trabalho”, conta.
Foi então que, em 1993, foi aprovado em Assembleia Geral um Estatuto para a então Missão Ramacrisna, que passaria a valer desde então como instrumento para os seus futuros dirigentes e administradores. A partir daí, José Augusto se tornou membro do conselho, cargo que ocupa até hoje.
Mas, logo após a aprovação do Estatuto, o professor Arlindo faleceu. Era hora de muito trabalho daqueles que foram escolhidos. “Foi assim que seu magnífico trabalho pôde ter a sua continuidade, passando a ser orientado por este grupo de dedicados trabalhadores que viram nesta atitude do mestre uma percepção muito mais além do âmbito que este “trabalho” haveria de alcançar. O mestre Arlindo deixou uma base bem fundamentada na Instituição que por muitos anos administrou e que passou a ser uma espécie de “porto seguro” para os que necessitassem de um apoio”, destaca.
José Augusto conta que a crença nos ideais permitiu que o Ramacrisna progredisse e ganhasse força. “Hoje, podemos dizer que a semente plantada e cuidada pelo mestre Arlindo frutificou numa bela árvore de frutos adocicados, vencendo muitos vendavais durante o seu crescimento e a sua existência. E ela está aí presente com sua força, permanecendo firme e atuante nos seus mais de 65 anos de vida, mostrando relevantes resultados e múltiplos serviços prestados, realizados sempre com muito profissionalismo e com muita alegria”, elogia.
Por isso, segundo José, o Ramacrisna representa um aprendizado inesquecível em sua vida. Isso porque ele acompanhou de perto muitos momentos importantes do Instituto, podendo fazer parte de diversas atividades desde que se tornou oficialmente parte da história do Ramacrisna.
Ele se orgulha de todos os números positivos conquistados pelo Instituto e acredita que o trabalho está muito longe do fim.“Além do seu inevitável progresso, sua eficiência, modernidade e multiplicidade de serviços prestados, o Instituto logrou receber inúmeros prêmios que confirmam o seu profissionalismo e a sua probidade, mostrando com uma realidade insofismável que o bem pode superar todo o mal e que a consciência do homem voltada para a fraternidade, o conhecimento e o progresso é garantia para que este bem possa estar em todos os corações e que a cooperação sem limites possa ser inevitável e naturalmente admitida por toda a humanidade”, descreve.
É por isso que o Ramacrisna continua assumindo o compromisso de acolher os necessitados e transformar vidas. Ao todo, já ajudamos mais de 2 milhões de pessoas. Mas, para dar continuidade a esse trabalho, precisamos de recursos. Você pode nos ajudar. Veja como fazer parte dessa corrente do bem.