O caderno do curso de soldagem do Ramacrisna tem um lugar especial na serralheira de Júnior: fica guardado em uma gaveta, protegido de tudo que possa danificá-lo. E tanto cuidado tem uma explicação. É porque foi pelo curso que Júnior pode dar um novo destino para sua vida e realizar o sonho de ser dono do seu próprio negócio.
Hoje, ele busca no Instituto um funcionário para auxiliá-lo no dia a dia e pretende expandir sua empresa ainda mais. Conheça mais sua história.
Chegada em Betim
Júnior nasceu e cresceu em Carlos Chagas, cidade de cerca de 20 mil habitantes, localizada no Vale do Mucuri, em Minas Gerais. Mas, como não tinha perspectivas de crescimento, se mudou para Betim, em busca de melhores oportunidades.
“Quando eu vim para cá, eu não tinha nada, nem roupas direito”, conta Júnior. Logo depois que chegou à Região Metropolitana, conseguiu um emprego, em que ficou por cinco anos. Mas, ainda assim, ele não estava satisfeito.
Foi então que pediu demissão e, por incentivo de um amigo, fez o processo seletivo para o curso de soldagem, no Instituto Ramacrisna. “Eu achei que era uma profissão muito boa. Além disso, eu tinha muita curiosidade pelo assunto”, explica.
No curso, Júnior aprendeu a aplicar informações técnicas, a interpretar a simbologia e as especificações dos procedimentos e a utilizar os equipamentos corretos. Além disso, teve aulas teóricas e práticas com professores qualificados, que lhe deram o conhecimento para começar a trabalhar na área.
Após o fim das aulas, ele queria aprender ainda mais. “O curso me deu a base do aprendizado sobre soldagem. Eu aprendi a soldar, mas ainda tinha medo de fazer isso sozinho. Aí eu fui para o mercado de trabalho para aprender mais e me tornar um profissional mais preparado”, relembra Júnior.
Por isso, começou a trabalhar em uma serralheria. Apesar de ter sido um grande aprendizado, Júnior não teve o retorno financeiro. Então, se organizou para começar o próprio negócio: a Serralheria do Júnior.
Realizando um sonho
Ser dono de uma empresa sempre foi o sonho de Júnior. Mais do que ganhar dinheiro, era uma oportunidade de mostrar trabalho e se tornar um profissional de sucesso. No começo, não foi fácil. Ele carregava as peças de metalon amarradas na bicicleta. Mesmo assim, encontrou diversos clientes.
Com o passar do tempo, a serralheria cresceu e logo vieram o e-mail, a emissão de notas fiscais, a contratação de um contador e os contratos com empresas. Mas, como todo negócio, a serralheria também teve momentos difíceis. Júnior conta que, no começo da pandemia, teve prejuízos e quase fechou as portas. Porém, com o apoio de outros empresários, se recuperou e não pensa mais em desistir.
Hoje, Júnior está em busca de um colaborador para dar conta de tantos projetos. Para isso, ele buscou indicações em um local que forma bons profissionais: o Ramacrisna. “Não é só para ganhar dinheiro. É a forma que eu tenho para gerar empregos e ajudar pessoas”, reflete.
Cursos profissionalizantes no Instituto Ramacrisna
O Ramacrisna oferta cursos de qualificação profissional para jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social moradores de 12 cidades da Região Metropolitana. Além do aprendizado técnico, os alunos contam com formação humana, focada no desenvolvimento de valores éticos e profissionais.
Para participar de cursos como soldagem, robótica industrial, mecânica de automóveis, eletricista de instalação, montagem e manutenção de usinas fotovoltaicas e audiovisual, os jovens participam de um processo seletivo específico para cada curso. Depois de aprovados, recebem material didático e uniforme totalmente gratuitos. E, ao final do curso, participam da cerimônia de formatura, quando recebem os certificados.
Os cursos são realizados pelo Ramacrisna com empresas parceiras, como a Prefeitura de Betim, a Petrobras e a BrazilFoundation. Você também pode contribuir para a mudança na vida de milhares de jovens e adultos. Clique e saiba como doar.