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Recentemente, uma sigla tomou conta do ambiente empresarial em todo o mundo: o ESG. O termo significa Environmental, Social and Governance, ou Ambiental, Social e Governança, em português. Trata-se de uma visão estratégica que orienta as operações da iniciativa privada de maneira socialmente responsável, sustentável e com boa governança.
Ou seja, o conceito descreve o quanto uma organização utiliza meios para minimizar os seus impactos ao meio ambiente, se preocupa com as pessoas e adota boas práticas administrativas.
O ESG se tornou uma moeda tão valiosa quanto as cifras financeiras, quando falamos do mercado de investimentos. Para se ter uma ideia, só em 2020 foram investidos U$38 trilhões em ações ligadas ao tema no mundo todo e R$2,5 bilhões no Brasil. E a expectativa é que, até 2025, esse número chegue a U$53 bilhões, o correspondente a um terço dos ativos de investimentos.
Mas a agenda não é exclusiva da iniciativa privada. Cada vez mais, governos e instituições do Terceiro Setor têm adotado práticas de ESG, como resultado, se tornam mais eficientes, eficazes e deixam uma boa marca para as próximas gerações.
Quando falamos em agenda ESG, estamos nos referindo a ações como, por exemplo:
Apesar de o termo ter se tornado popular nos últimos anos, o ESG surgiu há quase 20 anos. A sigla surgiu em 2004, na publicação do relatório Who Cares Wins (ou, “ganha quem se importa”).
O documento reuniu o Banco Mundial, o Pacto Global da ONU e representantes de instituições financeiras de nove países. No texto, abordavam como a incorporação de fatores ambientais, sociais e de governança nos mercados de capitais é importante para os negócios, levando a mercados mais sustentáveis e a melhores resultados para as sociedades.
Ao mesmo tempo, a Iniciativa Financeira do Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente produziu outro documento, chamado Relatório Freshfield, que apontou como as questões ambientais, sociais e de governança são importantes para a avaliação financeira.
Dessa forma, os dois relatórios foram a base para o lançamento dos Princípios para o Investimento Responsável, na Bolsa de Valores de Nova York e para a criação da Sustainable Stock Exchange Initiative (Iniciativa de Bolsas de Valores Sustentáveis), que promove o investimento corporativo no desenvolvimento sustentável.
Mesmo assim, as práticas ESG não tinham ganhado tanto espaço no mercado. Mas, em 2015, a Agenda 2030 da ONU chamou a atenção para a importância do desenvolvimento sustentável, levando em conta aspectos sociais e ambientais. Em seguida, foi assinado o Acordo de Paris, com o objetivo de reduzir o aquecimento global.
Por fim, em 2020, Larry Flink, diretor-executivo da BlackRock (maior gestora de fundos do mundo) anunciou, em sua tradicional carta anual, que a sustentabilidade se tornaria critério para as decisões de investimento da empresa. Além disso, afirmou que as empresas que não se comprometerem com o tema estariam fadadas a ficar sem capital. Foi o que faltava para que as práticas ESG se popularizassem.
Apesar de o Brasil ter sido um dos países participantes do relatório Who Cares Wins, o ESG ainda não é parametrizado no país. Ou seja, a avaliação dos aspectos ambientais, sociais e de governança é subjetiva. De acordo com pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos, 24% das bolsas mundiais colocam a regulação do relatório de ESG como obrigatória e o Brasil está entre os 76% que não preveem a iniciativa. Mas, em dezembro de 2021, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou uma alteração nas regras, ampliando a exigência de informações sobre aspectos ESG.
Dessa maneira, deve acelerar o entendimento e a aplicabilidade de critérios ESG pelas empresas brasileiras, ampliando a competitividade no mercado interno e externo. Mesmo assim, o ESG já movimenta cifras significativas aqui no Brasil: só em 2020, foram captados R$2,5 bilhões, segundo levantamento divulgado pelo Pacto Global.
Quando as Organizações da Sociedade Civil (OSC) põe em prática ações de ESG, elas abrem os horizontes para novas parcerias com a iniciativa privada no melhor estilo “ganha-ganha”: ganha a empresa, ganha a ONG e ganha a sociedade.
Mas não só isso, as práticas ESG também podem ser utilizadas pelas Organizações, como as de governança e de mensuração de impacto. O resultado é um crescimento na transparência e no trabalho dos colaboradores.
Existe, além disso, uma oportunidade de trabalho, usando a expertise na área para prestar serviços para empresas e auxiliar a estruturar seus investimentos sociais privados. Dessa forma, criam um produto que ajudará na autossustentabilidade da Organização.
Diante de tantos benefícios, o Ramacrisna aposta nos investimentos em ESG como uma novidade para 2022. O trabalho começou com uma mentoria exclusiva da BrazilFoundation. A vice-presidente do Instituto, Solange Bottaro destaca que o treinamento será um diferencial entre outras OSCs.
“O ESG ampliou os olhares também das Organizações Sociais no sentido da percepção que a responsabilidade na preservação do nosso planeta é de todos nós. Para as empresas, a adesão amplia sua carteira financeira, já para o Terceiro Setor, é a possibilidade de mostrar suas competências e habilidades tanto no Ambiental, no Social e na Governança. São três expertises já desenvolvidas por várias OSCs há longo tempo e que possibilitam uma presença mais relevante nessa relação com as empresas. Então. é uma relação que pode render ótimas parcerias com resultados surpreendentes”, aponta.
Dessa forma, o Ramacrisna se destaca como uma possibilidade de parcerias para empresas que querem adotar práticas de ESG. A seguir, conheça nossas ações:
Todos os projetos desenvolvidos no Ramacrisna têm viés social. Mas nosso carro-chefe são os cursos profissionalizantes, ofertados desde 1995. O objetivo é qualificar jovens e adultos para facilitar a inserção no mercado de trabalho.
Em cada ano, investimos, em média, R$249 mil. A estimativa é que a cada R$1 de investimento, há um retorno social de R$5,59.
De acordo com nosso relatório de impacto, os cursos estão alinhados com cinco Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: Trabalho Decente e Crescimento Econômico; Educação de Qualidade, Erradicação da Pobreza; Paz, Justiça e Instituições Fortes e Eficazes; e Redução das Desigualdades.
Atualmente, oferecemos os cursos de Soldagem, Mecânica de Automóveis, Eletricista e Instalação de Usinas Fotovoltaicas, Operador de Computador, Robótica Industrial e Audiovisual. Só em 2021, foram 26 turmas de 12 cursos que beneficiaram 701 alunos.
Além dos cursos que organizamos, também ofertamos cursos de acordo com o que melhor atende o compromisso de responsabilidade social dos nossos parceiros. A qualificação é formatada sob demanda das empresas patrocinadoras, com a busca de alunos e possíveis funcionários nos bairros do entorno dos empreendimentos.
Desde a nossa criação, em 1959, investimos em gestão e governança como ferramenta de transformação social – muito antes do termo ESG existir.
Com a Fábrica de Telas, desde 1975, trabalhamos para a autossustentabilidade do Instituto, já que todo o resultado das vendas é destinado a manutenção das atividades sociais do Instituto.
Todos os anos, a Fábrica contribui com R$815 mil, em média, o correspondente a mais de 22 mil atendimentos ou 28% das contas do Instituto.
Outra ação de governança é a nossa parceria com a Fundação Dom Cabral. Desde 2008, contamos com treinamentos para o desenvolvimento de competências em gestão do Instituto. Desde então, obtivemos resultados significativamente melhores na obtenção de recursos, credibilidade junto aos parceiros, melhoria na qualidade do atendimento e número de pessoas beneficiadas.
Para se ter uma ideia, em 2021, totalizamos 106 funcionários na sede, com 1148 horas de treinamento. Além disso, conquistamos 11 parcerias com a Prefeitura de Betim e 17 com empresas. Assim, esses números possibilitaram que pudéssemos acolher famílias durante a pandemia do coronavírus doando cestas básicas, gás, tênis, etc. proporcionando segurança alimentar a todos.
Ainda falando de governança, atuamos no desenvolvimento de projetos personalizados para sua empresa. Trata-se do GIP – Gestão e Inovação em Projetos Ramacrisna, que oferece aos clientes soluções em gestão, administração e execução de diversos tipos de projetos sociais, além de consultorias em áreas de gestão.
O GIP surgiu para unir a necessidade de obter recursos para os projetos sociais com a oportunidade de ajudar outras instituições e empresas. Oferecemos todo apoio na gestão do seu projeto social, contribuindo para a execução do objetivo geral proposto e acompanhando os resultados, além de consultoria em áreas específicas da gestão.
Para isso, usamos a expertise de mais de 60 anos de atuação do Instituto em gestão, relacionamento com parceiros e prestação de contas para empresas, poder público e instituições internacionais.
Portanto, se você se interessou em implementar boas práticas baseadas em ESG na sua empresa, conte conosco. No GIP, realizamos uma consultoria em gestão e inovação social em projetos de empresas, organizações sociais, poder público e empreendedores sociais a partir dos seguintes serviços:
Em cada um dos projetos, utilizamos uma metodologia própria que leva em conta as especificidades dos clientes. De modo geral, esse processo inclui seis etapas: diagnóstico, planejamento, execução, monitoramento, acompanhamento e avaliação.
O GIP desenvolve diversos projetos de ESG em parcerias com empresas, poder público e organizações internacionais de diversos segmentos, como assistência social, cultura, educação e esportes, por exemplo. Conheça um de nossos cases:
A criação da instituição ocorreu por solicitação da Promotoria das Fundações do Ministério Público de Minas Gerais, em 2019. Para a sua fundação, o Ramacrisna foi contratado por “notório saber” para começar do zero a fundação que atende e acolhe crianças com deficiência intelectual.
Para isso, o GIP convidou cidadãos éticos, idôneos e comprometidos à causa de crianças e jovens com deficiência intelectual a comporem os Conselhos Curador, Diretor e Fiscal. Em seguida, o Ramacrisna elaborou e registrou a documentação de constituição, o projeto institucional, o planejamento estratégico e orçamentário, prospectou e capacitou a equipe da gestão.
Além disso, o Instituto foi responsável por cuidar da criação e aprovação do Estatuto, da contratação de gestor profissional e de escritório de contabilidade. Também providenciou a identidade visual da nova instituição e acompanhou os primeiros seis meses de funcionamento da Fundação.
O Instituto Ramacrisna é uma Organização da Sociedade Civil, sem fins lucrativos, sem vínculos religiosos ou partidários, fundada em 1959, pelo jornalista Arlindo Corrêa da Silva, falecido em 1993. Nossa instituição é composta por conselhos deliberativo e fiscal e dirigida por uma diretoria executiva.
Há mais de 60 anos, desenvolvemos projetos de aprendizagem, profissionalizantes, culturais, de geração de trabalho e renda, de tecnologia, de esporte e lazer, entre outros, para comunidades em situação de vulnerabilidade social de 13 cidades da Região Metropolitana de BH.
O Instituto Ramacrisna tem afinidade com 10 dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS), trabalhando ativamente para sua implementação. São eles:
Em toda a nossa história já mudamos a vida de quase 2 milhões de pessoas e pretendemos continuar a dar novas possibilidades para crianças, jovens e adultos. Conheça nosso trabalho e saiba como ajudar.