Projeto atendeu mais de 11 mil pessoas em seu primeiro ano de execução, 300% a mais que o esperado
Projetos sociais desempenham um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa, proporcionando oportunidades e qualidade de vida para pessoas em situação de vulnerabilidade. Exemplo disso é o CASA (Cultura, Assistência Social e Atividades Esportivas), realizado pelo Instituto Ramacrisna em parceria com a Prefeitura de Betim. O projeto, criado em agosto do ano passado, reforça o seu compromisso em promover o bem-estar, a inclusão e o desenvolvimento social por meio de ações concretas e acessíveis com um saldo positivo. Criado inicialmente para atender a 3.300 pessoas nas dez regionais da cidade, o projeto surpreendeu ao realizar mais de 11 mil atendimentos, superando em 300% a meta inicial.
O CASA oferece gratuitamente atividades culturais, esportivas, sociais e de qualificação profissional para pessoas a partir de 6 anos. As aulas incluem modalidades como futebol, futsal, natação, balé, pilates, ginástica, teatro, música, dança e artesanato. Além disso, o projeto oferece reforço escolar, atendimento psicológico e capacitações para o mercado de trabalho. Tudo isso dividido em 24 polos por toda Betim.
A vice-presidente do Instituto Ramacrisna, Solange Bottaro, destacou a importância da iniciativa e como ela superou as projeções iniciais. “O projeto CASA é um exemplo claro de como a união entre o poder público e organizações do terceiro setor pode transformar vidas. Nós já esperávamos um impacto positivo, mas atingir mais de 11 mil atendimentos em apenas um ano foi além das nossas expectativas. ”, conta.
Transformando vidas
Marcileia Rodrigues, aluna das aulas de funcional, é uma das muitas pessoas que tiveram suas vidas transformadas. Antes de participar do projeto, ela enfrentava um quadro de depressão severa e fazia uso de medicação controlada. Hoje, ela celebra as mudanças. “Eu cheguei aqui depressiva, tomava remédio controlado para depressão. Hoje o projeto tem sido o meu remédio, não tomo mais medicação. As atividades me dão força, alimentam o meu corpo e a minha mente. Minha vida e da minha família foram transformadas. Hoje consigo fazer tarefas da minha casa, faço coisas com a minha filha, levantei minha autoestima. Levantar de manhã voltou a ter sentido, saí da depressão e hoje tenho qualidade de vida. ”, relata.
Para Lúcia de Freitas, coordenadora de um dos polos, os resultados são iminentes. “A comunidade abraçou o projeto. Muitas das pessoas chegam aqui com problemas de saúde, como hipertensão, sobrepeso e depressão, e relatam uma melhora significativa após participarem das atividades. Além de praticar esportes ou participar das diversas oficinas ofertadas, elas encontram aqui um espaço de acolhimento e transformação. ”, explica.
Para comemorar os resultados deste primeiro ano de atividades, neste sábado, 23, o Instituto Ramacrisna promove uma Mostra Cultural e Esportiva, onde cerca de 800 participantes do projeto terão a oportunidade de mostrar um pouco do que vêm aprendendo ao longo deste tempo. O evento acontece das 8h às 12h, na sede do Instituto Ramacrisna (rua Mestre Ramacrisna, 379, Santo Afonso).