Buscando a igualdade de gênero por meio da inclusão feminina no setor de tecnologias, ‘Meninas em Rede’ receberá recursos de campanha promovida pela TV Globo
O Instituto Ramacrisna foi selecionado para receber recursos do Programa Criança Esperança 2021. A campanha, realizada anualmente pela TV Globo, vai direcionar recursos para o projeto “Meninas em Rede”. A iniciativa do Ramacrisna propõe promover a inclusão de jovens do sexo feminino, em situação de vulnerabilidade social, nas áreas de inovação e da tecnologia, dominadas atualmente por homens, além de desenvolver ações de socialização.
Para aumentar a participação das mulheres nesse campo, o ‘Meninas em Rede’ busca potencializar o ensino das chamadas STEM (sigla em inglês para se referir às áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática), em parceria com as instituições de ensino. A expectativa é atender 278 crianças, jovens e adultas de 6 a 29 anos.
“As jovens mulheres em situação de vulnerabilidade são um público praticamente excluído do ramo da tecnologia devido aos desafios sociais e de gênero que enfrentam diariamente. Por meio da articulação com as escolas, serão realizadas oficinas de programação, desenvolvimento de ferramentas tecnológicas, gerenciamento humano e Indústria 4.0, e internet das coisas (IOT), além de esporte e ações culturais. O objetivo é estimular características como a criatividade, o raciocínio lógico e o pensamento crítico”, diz Solange Bottaro, vice-presidente do Instituto Ramacrisna.
Além de conteúdos relacionados às disciplinas, serão apresentadas personalidades femininas de destaque nos cargos de liderança na área de tecnologia, abordando como conseguiram alcançar relevância dentro da empresa e assim, incentivar o empoderamento e o protagonismo feminino.
Aplicativo
Um dos objetivos do “Meninas em Rede” é desenvolver um aplicativo móvel, para Android. O produto fará um mapeamento do território em que as participantes vivem, de forma a levantar informações sobre a população e carências da comunidade. Para Solange, é importante para essas mulheres não só ter acesso a uma oportunidade de capacitação em uma área nova, mas ter uma ideia de como aplicar esse conhecimento no dia a dia para melhorar a qualidade de vida.
“O público-alvo desse projeto são meninas, crianças e adolescentes pertencentes a famílias numerosas, mononucleares em sua maioria e mantidas, geralmente, pela mãe ou avó. Este público, em geral, convive com a ausência do pai, moram em construções improvisadas, sobrevivem com ajuda de programas sociais e enfrentam várias dificuldades: infraestrutura deficiente, desemprego, alcoolismo, violência, alto índice de homicídios, tráfico de drogas, dentre outros. É bom elas terem contato com um novo ramo de conhecimento e que consigam usar o que aprenderam em prol da sua comunidade e da própria vida”, destaca.