A educação é um direito garantido, um bem público e de responsabilidade pública. Mas devido à crise sanitária instalada no mundo por causa da Covid-19, a educação na pandemia se tornou mais um fator de exclusão.
Com as escolas fechadas e milhares de alunos em casa, a internet é a única possibilidade inclusiva, mas não é uma realidade para todos. Neste artigo vamos falar sobre o cenário da educação em 2021 e como tentar solucionar as dificuldades que tantos alunos têm passado nesse momento. Confira!
Dados preocupantes
Um relatório divulgado pela Unesco apontou que as escolas de todo o mundo passaram, em média, dois terços do ano letivo fechadas devido à pandemia da Covid-19. São mais de 800 milhões de estudantes, mais da metade da população estudantil no mundo sem aulas. O Brasil está entre os países onde a educação na pandemia foi mais atingida, com o maior tempo de fechamento das escolas.
Um levantamento também feito pela organização mostrou que antes da pandemia apenas um em cada cinco países havia assumido o compromisso com a equidade na educação por meio de financiamentos. Esse levantamento aponta ainda que, devido à crise sanitária, haverá uma queda de investimentos no setor.
Novo Fundeb
Em março, foi regulamentado no Brasil o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que funciona como redistribuição de recursos à Educação Básica.
Dentre as mudanças do novo Fundeb está o aumento de repasse da União, de 10% a 26%, até 2026. Em 2021, o percentual subirá para 12% e, assim, ano a ano sucessivamente até chegar aos 26%. A previsão é que, neste ano, o repasse se aproxime de R$ 179 bilhões, sendo que R$19 bilhões serão do Governo Federal. O valor é maior que o destinado em 2020.
O aumento de repasse no país é uma ferramenta importante de investimento para romper com tantas dificuldades encontradas pelos alunos. Mesmo assim é necessário pensar em como garantir acesso à educação após um ano de pandemia
Orientações para volta às aulas
Pensando na reabertura das escolas de uma forma segura para todos, a ONG Todos pela Educação fez uma lista de recomendações a serem seguidas para o retorno das atividades presenciais. Veja abaixo:
- elaborar um planejamento de retorno gradual das aulas e atividades presenciais em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde;
- criar protocolo sanitário de retorno às aulas e atividades presenciais em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde;
- promover formações sobre o protocolo sanitário estabelecido;
- realizar diagnósticos da infraestrutura física das escolas;
- transferir recursos financeiros adicionais para as escolas;
- verificar materiais e os insumos necessários para a reabertura;
- ajustar serviços de limpeza, alimentação e transporte escolar;
- adequar a gestão de pessoas ao contexto da pandemia;
- instituir Comissões de Acompanhamento do Plano de Retorno;
- comunicar com clareza para a comunidade escolar sobre como será o retorno;
- identificar os alunos que não voltaram para as escolas;
- estabelecer estratégias de busca ativa em parceria com outros órgãos;
- estimar o potencial crescimento da demanda por vagas e planejar a oferta;
- realizar o acolhimento sócio emocional dos estudantes e dos profissionais da Educação;
- assegurar a distribuição da merenda para os alunos mais vulneráveis e apoiar as ações intersetoriais das prefeituras;
- verificar os objetivos de aprendizagem trabalhados e a carga horária cumprida do ano letivo 2020;
- definir os objetivos de aprendizagem e habilidades essenciais do currículo a serem priorizados;
- realizar um planejamento/reordenamento curricular que envolva o ano letivo de 2020 e 2021;
- definir como o planejamento curricular será executado no contexto de ensino remoto combinado com presencial;
- organizar o calendário escolar de 2021;
- realizar avaliações diagnósticas e formativas para nortear o processo de aprendizagem e recuperação;
- estruturar programas de recuperação da aprendizagem;
- assegurar o acesso adequado dos alunos ao ensino remoto;
- aprimorar a conectividade nas escolas;
- formar e apoiar os professores.
Ramacrisna durante a pandemia
Mesmo sem receber repasse de financiamentos como o Fundeb, instituições como o Ramacrisna desenvolvem um papel importante para garantir o direito à educação para todos. Durante a pandemia, assim como outras entidades, as aulas têm ocorrido de forma remota.
>> Veja como está funcionando!
Sabendo das dificuldades no acesso à internet, o Instituto tomou várias ações para dar suporte aos alunos. Foram oferecidos computadores do laboratório (por meio de reserva), emprestados instrumentos para que os alunos da Orquestra Jovem Ramacrisna mantivessem a rotina de estudos em casa e disponibilizados materiais físicos para aqueles que têm limitações tecnológicas ou preferem o material impresso.
Além disso, com uma parceria com a Central Única das Favelas (CUFA), o Ramacrisna distribuiu seiscentos chips com internet grátis, em Betim. A iniciativa faz parte do programa Mães da Favela On, maior projeto de conectividade em comunidades já feito no Brasil.
Se você deseja ajudar o Ramacrisna em seus projetos educacionais, entre em contato com a gente! Se tem dúvidas em como ajudar, entre em nosso site e veja como ajudar.