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15 de setembro de 2025

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Setembro Amarelo 2025: depressão em jovens é motivo de alerta

O Setembro Amarelo reforça, em 2025, a importância da conscientização sobre saúde mental, da prevenção ao suicídio e da necessidade de ações permanentes para apoiar jovens em situação de vulnerabilidade. 

 

Ao contrário do que muitos pensam, esse é um problema de saúde pública que afeta diretamente adolescentes e jovens, exigindo atenção de toda a sociedade.

Dados atuais que mostram a gravidade

A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) aponta que condições de saúde mental representam cerca de 16% da carga global de doenças e lesões entre pessoas de 10 a 19 anos. 

Já a UNICEF alerta que quase um em cada seis jovens no Brasil nessa faixa etária convive com algum transtorno mental, como ansiedade e depressão. Isso significa que milhões de adolescentes enfrentam diariamente desafios emocionais que impactam sua qualidade de vida e desenvolvimento.

Em relação ao suicídio, os números também são alarmantes. Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre 2016 e 2021, a taxa de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos por suicídio cresceu 49%, chegando a 6,6 por 100 mil habitantes. Na faixa entre 10 e 14 anos, o aumento foi de 45%, alcançando 1,33 por 100 mil habitantes. 

Estudos da Fiocruz reforçam a gravidade ao demonstrar que, entre 2011 e 2022, o suicídio entre pessoas de 10 a 24 anos cresceu, em média, 6% ao ano, enquanto as notificações de autolesão aumentaram 29% ao ano. Esses dados deixam claro que a juventude brasileira enfrenta uma crise silenciosa, que precisa ser enfrentada com urgência.

Fatores que contribuem para o sofrimento mental

Os transtornos mentais entre jovens são multifatoriais. Muitos especialistas relacionam esse aumento ao isolamento social e às rupturas de rotina provocadas pela pandemia, que ainda repercutem até hoje. 

Além disso, questões como desigualdade socioeconômica, dificuldades escolares, exposição à violência, falta de acesso a serviços de saúde mental e a pressão social agravam ainda mais o quadro.

Outro ponto que merece destaque é o estigma. O medo do julgamento ainda impede que muitos adolescentes busquem ajuda ou reconheçam que precisam de apoio. 

Sem a criação de um ambiente de escuta e acolhimento, muitos desses jovens acabam lidando sozinhos com dores emocionais que poderiam ser amenizadas por uma rede de apoio fortalecida.

Iniciativas e políticas de prevenção ao suicidio 

Para enfrentar esse cenário, diferentes iniciativas têm sido desenvolvidas no Brasil. Em setembro de 2025, a Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou uma proposta para criar uma política específica de prevenção do suicídio entre crianças e adolescentes, o que representa um passo importante para garantir mais atenção a esse público. 

Em paralelo, organizações como a UNICEF têm promovido campanhas e canais de apoio, como a plataforma “Pode Falar”, que oferece atendimento gratuito e virtual para jovens em sofrimento emocional.

A música, a arte e a educação socioemocional também têm sido exploradas como ferramentas de apoio, já que ajudam a reduzir o estigma e a criar espaços de diálogo mais acessíveis. Além disso, especialistas reforçam a necessidade de integrar políticas de saúde, educação e assistência social, garantindo atendimento psicológico em escolas, capacitação de professores e fortalecimento de serviços públicos.

O papel do Instituto Ramacrisna 

No Instituto Ramacrisna, a campanha Setembro Amarelo é vivida intensamente, especialmente por meio do projeto Adolescente Aprendiz. Uma das iniciativas em destaque é o programa “Se Cuida, Jovem”, que promove palestras e atividades de conscientização, trazendo informações atualizadas sobre depressão e suicídio de forma leve, mas impactante. O objetivo é quebrar tabus, reduzir estigmas e estimular os adolescentes a buscar e oferecer ajuda. Além disso, os jovens recebem atendimento e acompanhamento psicológico.

Outra iniciativa importante é o Amigo Anjo, voltada também para colaboradores do Instituto. Durante uma semana, cada participante se dedica a cuidar anonimamente de outro colega, deixando recados, cartas ou pequenos gestos de carinho. Ao final, os nomes são revelados, e o impacto positivo da experiência reforça a importância do cuidado mútuo.

O mais relevante é que essas ações não se limitam apenas a setembro. O Ramacrisna mantém ao longo do ano um trabalho contínuo de acolhimento psicossocial, além de capacitar educadores e fortalecer famílias para identificar sinais de alerta e oferecer suporte preventivo.

O Setembro Amarelo é um marco de conscientização

A luta precisa ser diária. Os dados de 2025 mostram que a saúde mental de jovens brasileiros exige atenção urgente. A depressão e o suicídio não podem mais ser tratados como tabus, mas como questões de saúde pública que pedem envolvimento coletivo. 

O Instituto Ramacrisna reafirma seu compromisso de acolher, informar e transformar vidas. Se você também acredita que pode fazer a diferença, conheça nosso trabalho, apoie nossas iniciativas e ajude a ampliar essa corrente de cuidado e esperança.

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