O termo segurança alimentar diz respeito à garantia de inibir a fome. A expressão surgiu na época da Primeira Guerra Mundial. Mas, depois de mais de um século de existência, ela se torna cada vez mais relevante.
Garantir alimentação de qualidade tem sido cada vez mais um desafio maior, por causa da crise econômica atual.
No blogpost de hoje, você confere os principais desafios da segurança alimentar e como ela é importante para o desenvolvimento humano.
Não é só comida na mesa
Antes de mais nada, é importante entender que a segurança alimentar nada mais é que o acesso universal a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente. Ou seja, é preciso garantir a todas as pessoas alimentos com alto valor nutricional, para todas as refeições e o suficiente para ficar saciado.
Além disso, tem que levar em conta as práticas alimentares saudáveis e as culturas de cada povo. Sendo que essa condição não pode comprometer o acesso a outras necessidades essenciais e nem o sistema alimentar futuro. Ou seja, ela deve ser feita com bases sustentáveis.
De acordo com a Constituição, o Estado deve garantir o direito à alimentação. Para isso, a administração pública pode se articular às entidades da sociedade civil.
Desafios da segurança alimentar
A nutricionista do Ramacrisna, Marta Malaquias, aponta os principais desafios para a segurança alimentar.
Em primeiro lugar, está o desperdício de alimentos. De acordo com pesquisa da Universidade Federal de São Carlos, 140 milhões de toneladas de alimentos são produzidas no Brasil, sendo que 26 milhões vão para o lixo.
Outro ponto é o aumento dos preços dos alimentos, o crescimento do desemprego e a piora de outras questões socioeconômicas devido à pandemia. “Esse é um grande retrocesso na luta contra a fome. Diariamente, milhões de pessoas não têm o que comer”, alerta.
Vários alimentos saíram da mesa de muitos brasileiros. É o caso das carnes, frutas, queijos, hortaliças e legumes. Por outro lado, o consumo de alimentos ultra processados, que por vezes são mais baratos, aumentou. O que não resolve o problema da fome no país.
Mas Marta também indica pontos para garantir uma alimentação de qualidade. “Comer melhor significa apoiar os pequenos agricultores, redistribuir a renda, respeitar a natureza e nutrir o mundo com a comida de verdade. A fome tem pressa. Quem não tem o que comer precisa de ajuda. E você pode fazer a diferença”, conta.
Alimentação e saúde
Uma boa alimentação e nutrição são requisitos básicos para a promoção e proteção da saúde, possibilitando o crescimento e desenvolvimento humano.
Isso porque, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, ser saudável não é só a ausência de doença. Mas também é o bem-estar físico, mental e social.
Ou seja, a alimentação não só ajuda na prevenção de doenças. Mas também na socialização e na menor ansiedade quanto o que tem na mesa.
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Instituto Ramacrisna e segurança alimentar
Uma das formas de atuação do Instituto é a garantia de alimentação adequada para crianças e jovens. Todos os dias, os alunos recebem refeições balanceadas.
Parte desses alimentos vêm das doações semanais do Instituto Mesa Brasil do SESC. Além de completar a produção das refeições, também ajudamos as famílias dos nossos alunos, com a preparação de kits para eles levarem para casa.
Além disso, buscamos sempre aproveitar o alimento em sua forma integral. E aproveitamos também as frutas das árvores de dentro do Ramacrisna. Isso evita o desperdício e enriquece o valor nutricional do cardápio.
Por isso, no nosso relatório de impacto, os alunos e as famílias da comunidade relacionam as ações do Ramacrisna com o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável correspondente à promoção da saúde e bem-estar.
Você pode nos ajudar a continuar garantindo a alimentação de centenas de pessoas. Saiba como nos ajudar e faça a diferença na vida de alguém.