Inspirada pela música e apoiada pela família, Gabriela Lopes encontrou na Orquestra Ramacrisna um futuro promissor

A história de Gabriela Maria Vieira Lopes é um exemplo inspirador de como a música pode transformar vidas. Ela ingressou na Orquestra Filarmônica do Instituto Ramacrisna em 2013, quando tinha apenas 8 anos de idade. Doze anos depois, a jovem está cursando Música na faculdade e encontrou no violino a sua paixão.

Gabriela tinha apenas oito anos quando ela sentiu algo diferente. Seu coração bateu mais forte ao ver os músicos tocando, durante um passeio com sua mãe. “Eu passava na rua com minha mãe e via as pessoas da Orquestra tocando. Então, falei com minha mãe que eu também queria tocar lá”, relembra Gabriela.

Conheça mais a história a seguir.

Paixão de infância

Incentivada pelos pais, Roldão Teixeira e Celma Lopes, Gabriela fez o teste para entrar na Orquestra. Na época, o maestro Sebastião liderava o grupo. E foi ele quem realizou o teste de admissão de Gabriela. Por ser pequena, ela não conseguia segurar um violino no tamanho padrão. Mas a avó da garota, Geni, queria ver a neta feliz. Assim, em um gesto de apoio e incentivo, comprou um violino menor, permitindo que Gabriela iniciasse sua jornada na música.

Ao longo dos anos, Gabriela recebeu não apenas formação musical, mas também apoio emocional e inspiração de seus professores. “Meus professores foram a minha inspiração e vê-los tocando e conseguir fazer uma simples nota virar a coisa mais linda que eu escutei, isso é simplesmente maravilhoso”, destaca.

Ela relembra com carinho o impacto dos irmãos Barros, cujas histórias e habilidades técnicas a motivaram a persistir mesmo nos momentos de insegurança. Um dos momentos mais marcantes foi assistir ao professor Lucas Barros tocar “Quem sabe?”, de Antônio Carlos Gomes, em uma homenagem à Dona Maria Aparecida Barros. “Ele tocando consegue fazer com que a música nos abrace e nos conforte, escutar ele tocando me dá um enorme orgulho, uma explosão de felicidade e emoção, e além de tudo me dá vontade de viver”, conta Gabriela.

Outro destaque em sua trajetória foi o incentivo do professor Elias, que a ajudou a vencer a timidez e a acreditar em seu potencial. Ele foi determinante para que Gabriela decidisse cursar faculdade, algo que antes parecia distante devido à insegurança em relação ao seu talento musical. “Eu sou bastante tímida e tenho dificuldades em fazer prova e testes, por não me sentir boa o suficiente para tocar, mas o Elias sempre me motivou a fazer as provas tanto de concurso como de festivais de música”, explica.

Carreira

Quando chegou no fim do ensino médio, Gabriela não teve dúvidas na hora de escolher sua faculdade. Ela ingressou no curso de Música na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Nas aulas, ela não encontrou somente a maturidade musical, mas também crescimento pessoal. Isso porque ela passou a socializar com outros estudantes e professores e ampliou sua visão de mundo, especialmente com a ajuda do docente Rodrigo Bustamante, que é violinista na Filarmônica de Minas Gerais.

“Na faculdade eu aprendi a ter mais responsabilidade e mais maturidade no instrumento. Está sendo muito bom para mim socializar com outras pessoas e estar vivendo no mesmo ambiente que outras pessoas”, afirma. Esse novo ciclo também a ajudou a superar a vergonha de se apresentar em público, tornando-a mais confiante e realizada.

Hoje, Gabriela celebra conquistas que incluem tocar com artistas renomados, participar de turnês e viver momentos inesquecíveis proporcionados pela música. “Eu nunca imaginei que eu conseguiria chegar aonde eu estou hoje, cursando a faculdade, tocar com artistas renomados e participar das turnês viajando é uma sensação maravilhosa”, comemora. Sua história é a prova de que projetos como a Orquestra Filarmônica Ramacrisna vão muito além do ensino musical: eles inspiram sonhos, criam oportunidades e transformam vidas.

Sobre a Orquestra Filarmônica Ramacrisna

A Orquestra Filarmônica Ramacrisna tem como missão promover a inclusão social por meio da música, oferecendo formação de qualidade e oportunidade de desenvolvimento pessoal para crianças e jovens. Com o projeto, os músicos frequentam aulas de teoria musical e prática, em instrumentos de cordas, sopro e percussão. Assim, novos talentos são descobertos e vidas, como as de Gabriela, são transformadas. 

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