O Setembro Amarelo é o mês dedicado à saúde mental e à prevenção do suicídio.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 2020 os casos de ansiedade e de depressão aumentaram em 25% em todo o mundo. Sendo assim, é nosso dever reforçar como o cuidado com a mente sé fundamental. Esse é um assunto sério e uma das áreas de atuação do Instituto Ramacrisna. Saiba mais a seguir.
Setembro Amarelo
O suicídio é um problema de saúde pública. E muitas pessoas não sabem que o número de vidas perdidas por autoextermínio é extremamente alto. Em um ano, são cerca de 800 mil mortes que poderiam ter sido evitadas.
Engana-se quem acredita que pessoas com ideias suicidas estão distantes. Cada vez mais, temos registros de pessoas que chegam a atentar contra a própria vida. E elas estão cada vez mais próximas de nós.
Portanto, é extremamente importante promover o acesso às redes de apoio, aos profissionais da saúde mental e às informações certas de como identificar e, principalmente, de como dar seguimento na busca por ajuda.
Como oferecer suporte mental para os jovens?
A respeito da saúde mental, a forma mais eficaz de fortalecer o jovem é promovendo acesso e inclusão à rede de apoio psicossocial.
É levar informações de qualidade, fortalecer políticas públicas que abrangem as fases de desenvolvimento e criar estratégias que acompanhem a evolução e a vivência de cada jovem.
Em casos mais urgentes, contamos com o Centro de Valorização da Vida (CVV). Através de várias ações, por exemplo, atendimento por celular e e-mail, oferece acolhimento humanizado imediato para qualquer pessoa que precise.
Dessa forma, podemos contar também com os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os locais oferecem acolhimento multidisciplinar para pessoas em crises, com transtornos mentais diversos e com problemas de álcool e drogas.
Em algumas faculdades também são oferecidos plantões psicológicos gratuitos ou a preço social, que podem ajudar nesses momentos mais delicados.
Como identificar os riscos em pessoas em vulnerabilidade social?
É essencial ficar atento aos atos que envolvem a pessoa com pensamentos suicidas e também a família, que sofre por julgamentos socioculturais relacionados à realidade e vivência de cada meio familiar.
Isso pode fazer com que o indivíduo se distancie, com medo de situações constrangedoras ou que causam sofrimento, o que acaba impactando nos relacionamentos. Também é preciso observar os fatores estressores, como desemprego, baixa renda, relações familiares, fatores demográficos e sociais.
Além disso, deve-se examinar o consumo de substâncias tóxicas, que podem agravar a situação. O uso de álcool e drogas têm maior prevalência no aparecimento de transtornos da mente que são tratados inadequadamente.
O abuso da ingestão de álcool e drogas para aquelas pessoas que não conseguem absorver a realidade deixa a pessoa com capacidade emocional, mental, física e de superar desafios comprometida, fortalecendo a sensação de fracasso na vida.
Também é preciso considerar os conflitos sociais, como discriminações de todas as formas e gêneros.
Setembro Amarelo, Saúde Mental e o Instituto Ramacrisna
Do dia 16 a 27 de setembro, os adolescentes do programa Adolescente Aprendiz participaram de uma série de palestras e atividades focadas no bem-estar emocional, visando capacitar os jovens a reconhecerem e lidarem com questões sensíveis.
As palestras abordaram temas como “A ansiedade e depressão na adolescência”; “A mente e seu Funcionamento, Mitos Comuns Sobre Saúde Mental”; “ Expressando Sentimentos e Lidando com Desafios”, entre outros, buscando promover um ambiente de diálogo aberto sobre a saúde mental.
Para a vice-presidente do Instituto, Solange Bottaro, essas iniciativas são essenciais para ajudar os jovens a entenderem o impacto do suicídio e, principalmente, a buscarem formas de apoio. “Em primeiro lugar, é fundamental que os jovens tenham conhecimento sobre o significado do Setembro Amarelo.
Este mês tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre o suicídio, desmistificando tabus e estimulando o diálogo aberto sobre um tema que muitas vezes é silenciado. Sendo assim, ao engajar os adolescentes sobre o assunto, estamos capacitando-os com conhecimento valioso que pode fazer a diferença na vida deles e de seus colegas”, destacou Solange.
Para fechar encerrar as atividades, o jornalista e escritor Tio Flávio, trará a palestra “Despertar: breves reflexões sobre uma vida com sentido”, onde abordará temas como as mudanças que nos provocam pequenos despertares; viver o momento e descobrir o que é essencial e breves reflexões sobre a felicidade, esperança e empatia.
Além das ações voltadas para os adolescentes, o Instituto Ramacrisna promove também a iniciativa interna “Amigo Anjo”, destinada aos seus funcionários. A proposta visa fortalecer o apoio emocional entre os colaboradores, por meio de uma rede de cuidado e solidariedade.
Amigo Anjo
Durante uma semana, os participantes são convidados a realizar gestos de gentileza, como deixar mensagens de apoio, pequenos presentes ou mimos, sempre de forma anônima. Ao final da ação, no último dia, o “amigo anjo” se revela, encerrando a iniciativa com um momento de conexão e troca de experiências.
Ou seja, a ação “Amigo Anjo” reflete a cultura de empatia e acolhimento que o Instituto busca promover, tanto em seu ambiente interno quanto em suas iniciativas externas. A proposta reforça a importância do apoio mútuo e do cuidado com a saúde mental, temas centrais do Setembro Amarelo.
Essas ações não apenas conscientizam, mas também ajudam a criar um ambiente mais saudável e acolhedor, contribuindo diretamente para o bem-estar dos jovens e dos funcionários da instituição.
Saiba que você também pode ajudar a manter o cuidado com a saúde mental de crianças e adolescentes. Clique para saber como contribuir.
Agora que você sabe como ajudar, vale lembrar que cuidar da sua Saúde Mental e orientar o seu ciclo social sempre que necessário é fundamental para a prevenção ao suicidio.
Todos nós podemos fazer parte desse movimento em prol do bem-estar social. Vamos juntos?