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14 de julho de 2021

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Transformação social: ações de arte e cultura do terceiro setor ajudam jovens

Mais do que forma de expressão e de entretenimento, a arte pode ser um instrumento de transformação social, com melhorias no desenvolvimento cognitivo, físico e social. Muitas vezes, esse contato acontece por meio de ações de cultura do Terceiro Setor. E isso contribui para mudanças positivas em todas as faixas etárias. 

Para as crianças, o contato pode acontecer já na primeira infância, com peças adequadas à idade dos pequenos. Para os casos em que o contato precoce com atividades culturais não é possível, um trabalho desenvolvido na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) avaliou como adolescentes matriculados no ensino médio se mostraram mais sonhadores e com maior imaginação após terem aulas de arte na escola.

Transformação social

Fora do mundo da imaginação, atividades culturais ajudam no desempenho escolar. É o que a Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos comprovou. De acordo com o estudo, a iniciação musical durante o ensino médio estimula respostas cerebrais, aperfeiçoa habilidades e melhora a capacidade de aprender. E isso ocorre mesmo em áreas não correlatas, como física e matemática. 

Além disso, segundo a Sociedade Artística Brasileira, a participação de adolescentes em aulas ou ensaios musicais diminui a chance desses jovens se envolverem com crimes ou drogas. E a comunidade toda ganha: pesquisa do IPEA destacou que lugares com maiores oportunidades de arte e cultura têm menores índices de homicídios e tráfico de drogas.

Cultura do terceiro setor

Mas o acesso a equipamentos culturais no Brasil ainda não está disponível para todos, especialmente nas periferias. Quase 20% dos municípios brasileiros não têm biblioteca pública; mais de 70%, não têm museu, teatro ou casa de espetáculo; em 83%, não têm cinema.  

Para mudar essa realidade, as ações de cultura do Terceiro Setor são fundamentais. Muitas vezes, são as ONGs as responsáveis por criar atividades artísticas em regiões periféricas. Mais do que democratizar o acesso à arte e à cultura, essas ações atingem resultados nos campos da educação e cidadania.

Esse é o caso dos projetos do Instituto Ramacrisna. Para se ter uma ideia, a Orquestra Jovem uma das ações artístico-culturais mais reconhecidas da instituição ajuda não só a desenvolver o senso artístico. É o que revela o maestro Eliseu Martins de Barros. 

“As ondas sonoras emitidas pela música ajudam o aluno a se concentrar melhor, o que ajuda nos estudos e no raciocínio lógico. Também ajuda a melhorar a autoestima e o empoderamento dos jovens, por meio do reconhecimento que a Orquestra tem a partir das apresentações.”, avalia.

Além disso, as atividades culturais também servem de incentivo para buscar uma formação de ensino superior e a inclusão no mercado de trabalho. Um exemplo é que vários participantes passam a integrar o projeto Adolescente Aprendiz e passam a ter fonte de renda.  

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Fazendo a nossa parte

O estímulo à cultura é uma das bandeiras do Instituto Ramacrisna. Na Biblioteca Professor Arlindo Corrêa da Silva, são desenvolvidos projetos de incentivo à leitura, de jogos de tabuleiro e de desenho. Além de contar com um acervo de mais de 9 mil livros de literatura infantojuvenil e adulta disponível para empréstimos.

Para quem se interessa por filmes e fotografia, a Antenados Produtora é o local perfeito. O projeto conta com a Cinemateca Antenados, que disponibiliza computadores para uso individual e realiza sessões de cinema comentadas. Além disso, na Escola Multimídia Antenados existem cursos de jornalismo, fotografia, cinegrafia e edição de imagens. Estes cursos são compostos por aulas teóricas e práticas, além de trabalho de conclusão de curso.

Já para os interessados por música, a Orquestra Jovem tem aulas de teoria e prática musical, em instrumentos de corda, sopro e percussão. Anualmente, os jovens realizam concertos e oficinas no Festival de Música Primavera. 

Arte na pandemia

Com a pandemia da covid-19, os projetos culturais do Instituto Ramacrisna precisaram ser adaptados. A Orquestra, por exemplo, teve que adequar as atividades: ensaios e aulas on-line ou com máscara e distanciamento social e apresentações virtuais, que podem ser assistidas no mundo todo. No momento de isolamento social, em que a socialização e a saúde mental foram prejudicadas, a continuidade ajudou os alunos. 

“Os meninos, antes do retorno das atividades, estavam em casa sem ter o que fazer. Aí começaram a ficar com tempo muito ocioso e isso vai trazendo vários tipos de problema de ordem psicológica e social. A volta dos ensaios da orquestra quebrou essa questão e ajudou demais esses alunos”, destaca o Maestro Barros. 

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